Ilustríssima Semana

BRASILEIRO

EXPOSIÇÃO | OSWALDO GOELDI

Expoente do expressionismo brasileiro, o artista carioca (1895-1961) recebe duas homenagens em São Paulo. A retrospectiva "Sombria Luz", sob a curadoria de Paulo Venâncio Filho, apresenta 200 gravuras originais e desenhos, produzidos entre os anos 1920 e 1960. Lani Goeldi, sua sobrinha-neta, é responsável pela reprodução de seu ateliê, com objetos pessoais e instrumentos de trabalho.

Museu de Arte Moderna-SP de sexta (15) a 19/8 | R$ 5,50

LIVRO | O DESIGN DE BEA FEITLER

O que as lendárias revistas "Senhor" (Brasil), "Harper's Bazaar" e "Vanity Fair" (EUA) têm em comum? O dedo chique e atrevido da designer carioca Bea Feitler (1938-82). Pouco conhecida no Brasil, Bea foi figura importante no cenário editorial nova-iorquino nos anos 60 e 70: aos 25, assumiu, com Ruth Ansel, a direção de arte da "Harper's", uma das mais importantes revistas de moda do mundo. Foi parceria de gente como Richard Avedon, maior nome da fotografia de moda de seu tempo, e de Annie Lebovitz, a quem ajudou ao chegar a Nova York -trabalharam juntas na "Rolling Stone", assinando capas muito conhecidas como a de 1981 que estampa John Lennon e Yoko Ono pelados. Morreu aos 44, no Rio, em decorrência de um tipo raro de câncer. Não chegou a ver o projeto gráfico que fez para o retorno às bancas da então extinta "Vanity Fair" -mas os esboços estão no livro que seu sobrinho Bruno Feitler organizou para, finalmente, mostrar ao Brasil a bossa do design de Bea. (Deborah Faleiros)

Cosac Naify | 214 págs. | R$ 119

SHOW | PANORAMA DO CHORO PAULISTANO CONTEMPORÂNEO

Violão de sete cordas, bandolim, cavaquinho, flauta, pandeiro e banjo. A mistura caracteriza o primeiro gênero musical urbano brasileiro. Responsáveis pelo projeto, os percussionistas Yves Finzetto e Roberta Valente apresentam o que há de mais atual no choro paulistano.

Sesc Consolação |amanhã (11), às 19h | grátis

ERUDITO

LIVRO | FOTOGRAFIA E IMPÉRIO

A argentina Natalia Brizuela aborda a importância da fotografia na construção da identidade brasileira do Segundo Império. Natalia participa de debates no Rio, com a crítica Flora Süssekind, que assina o prefácio do livro, e Sergio Burgi, e em São Paulo com o editor da revista "Zium", Thyago Nogueira, e o pesquisador Rubens Fernandes Jr.

trad. Marcos Bagno

Companhia das Letras/IMS | 248 págs. | R$ 59 Debates: Rio | IMS | terça (12), às 20h | grátis São Paulo | Faap | quarta (13), às 19h30 | grátis

LIVRO | DA ESTEPE À CAATINGA

Bruno Barretto Gomide estuda a divulgação do romance russo no Brasil entre 1887 e 1936, quando intelectuais de diversas áreas deixaram-se influenciar por autores como Tolstói, Tchekhov e Dostoiévski. O livro traz uma antologia de quase 300 páginas com textos de escritores e críticos como Dyonelio Machado, Augusto Meyer e Augusto Frederico Schmidt.

Edusp | 768 págs. | R$ 120 Lançamento: Livraria da Vila (Fradique Coutinho) | quarta (13) | 18h30

LIVRO | A HIPÓTESE COMUNISTA

O fracasso não é o fim, mas uma trajetória - assim o filósofo francês Alain Badiou enxerga a experiência comunista nestes ensaios, que abordam Maio de 68, a Comuna de Paris (1871) e a Revolução Cultural na China.

trad. Mariana Echalar | Boitempo 152 págs. | R$ 32

LIVRO | A BALADA DE BOB DYLAN

Em 1963, aos 15 anos, Daniel Mark Epstein pagou US$ 4 para assistir a Bob Dylan em Washington. Começava ali o livro que o biógrafo publicaria só em 2009, analisando a trajetória do músico a partir daquele e de outros três shows: no nova-iorquino Madison Square Garden, em 1974, no Tanglewood, em Massachusetts, em 1997, e em Aberdeen, em 2009. Prefácio de Eduardo Bueno

Trad. Thiago Lins | Zahar 524 págs. | R$ 59,90

ESTRANGEIRO

LIVROS | PETER SLOTERDIJK

Nos 200 anos da "Crítica da Razão Pura", de Kant, o pensador alemão publicou em 1983 sua "Crítica da Razão Cínica", que o projetou como estrela da filosofia contemporânea. A obra enfim ganha tradução no Brasil, ao lado de "Ira e Tempo".

Trad. Marco Casanova e outros Estação Liberdade "Crítica da Razão Cínica": 720 págs. | R$ 96 "Ira e Tempo": 304 págs., R$ 48

POP

LIVRO | ESSE É MEU TIPO

A "glória infantil" da Comic Sans, a "cordial e agressiva" Akzidenz e a "duradoura" Times New Roman são algumas das fontes tipográficas cuja história Simon Garfield conta em pequenos perfis e anedotas saborosas, narrando suas aplicações práticas como a sinalização viária, placas de orientação em metrôs e a campanha de Obama.

Trad. Cid Knipel | Zahar | 360 págs. | R$ 45