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Reportagem

Céus!

A quantas anda a astronomia amadora

Ilustração André Farkas

VANESSA BARBARA

RESUMO Ex-aluna da escola Municipal de Astrofísica, anexa ao Planetário do Ibirapuera, Vanessa Barbara conta a rotina dos paulistanos que se dedicam ao estudo dos astros nos cursos do apaixonado professor Paulo Varella, que está na órbita do planetário desde os 14 anos. Leia a íntegra em folha.com.br/ilustrissima.

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De rosto redondo e bochechas fartas, o dr. Aristóteles Orsini formou-se em medicina em 1933 pela Universidade de São Paulo. No ano seguinte, defendeu a tese de doutorado "Fermentos Amilolíticos Encontrados em Sementes de Leguminosas", e pouco depois assumiu a cadeira de professor-assistente de física da Faculdade de Farmácia e Odontologia da USP.

Em 1935, foi aprovado em concurso de livre-docência com a tese "Algumas Constantes Físicas de Tinturas Oficinais". Chegou a chefe do Serviço de Radiologia da Escola Paulista de Medicina. Em 1947, tornou-se catedrático de física com a tese "Isótopos Radioativos". Outro destaque de sua produção é o artigo "O Emprego dos Raios X no Estudo dos Expectorantes".

Filatelista e numismata, o prof. Orsini também fundou a Associação de Amadores de Astronomia de São Paulo (AAA) e foi diretor da Escola Municipal de Astrofísica (EMA), anexa ao planetário do Ibirapuera, que hoje leva seu nome.

O patrono da astronomia amadora ilustra bem o perfil de quem estuda informalmente os astros no Brasil. São cerca de 4.000 entusiastas, de geólogos a pedagogos, além de engenheiros, arquitetos, matemáticos, médicos e curiosos que se reúnem para desvendar o céu, voltando às carteiras escolares em anacrônicas discussões sobre nebulosas, supernovas e cometas, essas "estranhas estrelas de cabelos longos".

FUNDAMENTOS No auditório da EMA, 18 alunos tiveram um semestre de aulas sobre os fundamentos da ciência -o curso 250, Astronomia Geral. O professor, Paulo Gomes Varella, é um efusivo senhor de bigodes que lembra um docente dos tempos de ginásio, daqueles que tentam transmitir aos alunos seu vasto amor pelas equações de segundo grau.

As aulas, nas tardes de quinta, tiveram início em março de 2011, num prédio vizinho ao planetário do parque do Ibirapuera. A despeito das expectativas depositadas no moderno sistema de fibra óptica do novo projetor alemão StarMaster ZMP, só a última aula foi realizada no planetário -as demais se deram em diminutas salas com lousas brancas e projetores de PowerPoint. Os cursos têm uma taxa única que varia de R$ 18 a R$ 36.

Varella, 55, tem sotaque paulistano carregado e é um trocadilhista incansável. Tem formação em geologia e meteorologia (USP) e pós em ensino de astronomia (Unicsul). Dá aulas na EMA desde 1976, foi chefe do Observatório Astronômico da instituição e publicou "Reconhecimento do Céu" (Editora UnB, 1991, esgotado), além de cartas celestes e guias práticos para observação de estrelas, constelações e chuvas de meteoros. É o expositor mais ativo da história do planetário, com 1.750 apresentações ao vivo das sessões de cúpula.

Fundada em 1961, a EMA oferece cursos introdutórios (Reconhecimento do Céu e Astronomia do Sistema Solar) e avançados, como Cosmologia, Mecânica Celeste, Evolução Estelar e Astronomia Esférica.

Nas aulas básicas, o professor discorre sobre os sistemas solares, conjunto de astros cuja principal interação é gravitacional, e sobre os planetas, "corpos errantes que caminham entre as estrelas". Dá uma informação básica que quase ninguém sabia: a principal diferença observacional entre estrelas e planetas é que eles não "piscam" -são pontos de luz fixa, sem a cintilação característica das estrelas.

Ao contrário dos asteroides, que vivem envoltos em poeira e são astros batatiformes (de massa pequena e alongada), planetas têm massa suficiente para assumir forma esférica e limpar a vizinhança, isto é, sua órbita. Asteroides também não têm atmosfera e, por isso, são cravejados de crateras provocadas pelo impacto com outros corpos celestes (o que o professor chama de celulite astrofísica). Em relação aos planetas, asteroides têm dimensões muito pequenas.

A turma anotou com fúria discreta informações sobre a observação de Saturno, que no ano passado atingiu um brilho considerável, e surpreendeu-se com a notícia de que em São Paulo é possível ver cinco planetas a olho nu: Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno. (Intrépida, a repórter conseguiu identificá-los ao longo do ano, com destaque para a notável inclinação de Saturno e as quatro luas de Júpiter. A título de gabolice, dizem que Copérnico, em seu leito de morte, confessou jamais ter visto Mercúrio.)

Aos que não possuem familiaridade com as constelações e não se sentem à vontade com planisférios de papel, Varella indica um software de astronomia para iPhone: o Stellarium, que é grátis e reconhece os astros por GPS, basta apontar o aparelho para o céu.

O professor falou da inclinação das órbitas dos planetas com relação à eclíptica (órbita da Terra) e da razão pela qual estamos todos amarfanhados em torno do Sol (atração gravitacional entre massas). Explicou por que em 1986 não vimos o cometa Halley com o mesmo esplendor de 1910 -é que, no início do século, o ângulo de visão foi de 90 graus, sendo possível observar todo o seu comprimento.

Segundo relatos da época, e conforme registrado em "A Comet Called Halley", de Ian Ridpath (Cambridge University Press, 1985), em 1910 a cauda do cometa chegou a varrer a Terra, gerando boatos apocalípticos de toda sorte. Varella alerta que não é possível prever o ângulo da próxima passagem, em 2061, já que o astro percorre um longo caminho e sua órbita é alterada por gigantes como Saturno e Júpiter.

As variáveis são múltiplas e complexas, ou seja, astronômicas. "Você acha isso complicado?", repetia o professor, a respeito de qualquer coisa. "Complicados são os cálculos das órbitas dos astros."

Também complicados são os movimentos da Terra, que não se limitam à rotação e translação; incluem precessão dos equinócios, nutação, variação da excentricidade da órbita, variação de latitudes da obliquidade da eclíptica, deslocamento da linha dos apsides, rotação da Via Láctea e, ufa, movimento de expansão do Universo.

Na astronomia, afirma Varella, "abandonam-se as unidades convencionais de medida, do contrário os números ficariam desconfortáveis". É por isso que, em vez de quinquilhões de quilômetros, usam-se parsecs e anos-luz -que, a propósito, são unidades de comprimento, não de tempo. "Não faz sentido dizer: 'Faz uns dez anos-luz que não te vejo.'" Apesar de tudo, é difícil conceber essas distâncias de fato.

Um amargurado Varella não resistiu à piada e disse que Halley passa uma vez a cada 76 anos e pode ser visto durante só quatro meses: "É como a vida do ser humano, uns quatro meses de felicidade e o resto de martírio. Quando muito".

AMADORES A astronomia é uma das poucas áreas em que os amadores são maioria e contribuem com a comunidade científica profissional, dada a investigações mais segmentadas, sem tantas observações diretas por telescópios. Suas pesquisas envolvem registros eletrônicos, análises de dados em laboratório, exercícios de matemática bruta e desenvolvimento de teorias.

Os amadores, por sua vez, perscrutam o céu à moda antiga -com telescópios e binóculos de menor porte-, sem depender de orçamentos apertados e da onerosa locação de aparelhos em observatórios internacionais. Seus diminutos instrumentos favorecem explorações que volta e meia complementam a dos profissionais: acompanhamento intensivo de asteroides, galáxias, manchas solares, exoplanetas, cometas e a Lua.

Alguns são excelentes construtores de telescópios. Uma área que está praticamente nas mãos deles é a de estrelas variáveis (sistemas binários), para a qual, segundo Varella, "ninguém tem saco".

Trata-se de observar estrelas que, com o tempo, variam de brilho. Isso pode ser causado por mudanças internas da estrela ou por influência externa, como um eclipse entre estrelas de um sistema binário. Trabalho de paciência e observação bruta, uma braçal coleta de dados relegada aos amadores.

Uma sistematização nacional dos trabalhos desses diletantes de países latinos aconteceu em 1988, com a fundação da Rede de Astronomia Observacional (REA), que zela pelo rigor no método e na coleta dos dados, para que se prestem a trabalhos científicos.

O forte da REA é a descoberta de supernovas, estrelas maciças que, num estágio avançado de evolução, explodem, emitindo um brilho intenso, para depois ir perdendo o fulgor. Nos últimos sete anos, 15 delas foram reveladas pelo programa de busca Brazilian Supernovae Search, desde 2001, em parceria com o Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais.

Outro exemplo digno de nota é a descoberta de um cometa na noite de 28 de dezembro de 2002 por um brasileiro da REA, o gaúcho Paulo Holvorcem, em conjunto com um norte-americano. O cometa foi batizado de Juels-Holvorcem.

Assim, embora a denominação "astrônomo amador" remeta ao diletantismo, muitos desenvolvem estudos científicos, coordenam trabalhos e publicam resultados em revistas especializadas -a diferença é que não possuem formação acadêmica específica. O exemplo mais lendário é o de Clyde Tombaugh, agricultor norte-americano que construiu um telescópio usando partes de um Buick 1910 e peças de uma batedeira de leite de sua fazenda.

Tombaugh observava e desenhava tudo o que lhe parecia interessante no céu. Um dia, encaminhou suas anotações ao Observatório Lowell, no Arizona, em busca de conselhos. Para seu espanto, ofereceram-lhe um emprego como astrônomo assistente.

Em 1929, foi contratado para levar a cabo uma pesquisa iniciada em 1905 por Percival Lowell. O alvo era um "planeta X", localizado para lá de Netuno. Dez meses mais tarde, em 13 de março de 1930, após passar noites em claro na cúpula gélida do observatório, Tombaugh, 24, passaria à história como o descobridor de Plutão.

SURPRESA Um tanto afastados das grandes descobertas, vários alunos da EMA foram pegos de surpresa pela notícia de que as estrelas estão (muito) mais distantes de nós do que os planetas. Se a Terra estivesse localizada na Escola de Astrofísica e Netuno no lago do Ibirapuera, Alpha Centauri estaria em Queluz (a 220 km de São Paulo), viagem que levaria 104 mil anos só de ida. (Também chamada de Toliman, ela é a estrela mais próxima da Terra além do Sol.)

A classe era formada por alunos de diferentes idades e profissões. O mais novo era John Riedel, 13, estudante do oitavo ano do ensino fundamental e apaixonado por astronomia via Discovery Channel. Havia um senhor peruano chamado Iván Palacios, que sempre chegava cedo, um casal de aposentados aficionado por softwares de astronomia, o jornalista Jorge Luiz de Souza e uma ex-bailarina e personal trainer, Ana Maria Pereira, 52, que ficou impressionada com a didática do professor.

"Como ele de fato gosta de astronomia, conduz o curso com tanto carinho que não há como não aprender e se encantar com o universo", declarou. "Acho que, pela minha profissão, movimento é algo que me encanta e nada melhor que estudar o universo para entendê-lo melhor."

A estudante de administração Janisse Paiva de Oliveira, 26, participa de quase todas as atividades da EMA. Cursou Reconhecimento do Céu I simultaneamente a Física Estelar (Introdução à Astrofísica), com Irineu Gomes Varella, e achou esta última bem complexa. "Aprendemos sobre a temperatura dos corpos celestes, as distâncias, a paralaxe, o teorema de Pitágoras e espectroscopia", explicou. "Tinha muita gente fazendo contas."

Num folder da escola, o artista Guto Lacaz confessou matricular-se em um ou dois cursos por semestre: "Comecei com Astronomia Geral, com a professora Regina Atulim. Cometas, Astronomia Esférica, Sistema Solar, Eclipses, Efemérides, Tempo e Calendários... Reconhecimento do Céu, Evolução Estelar... já fiz alguns três vezes!", exclamou, elogiando os professores Paulo e Irineu Varella. "Conhecimento, bom humor e giz!"

A escola também oferece palestras esporádicas sobre outros temas, como "Astronomia com o Planeta Mercúrio", ocorrida num sábado à tarde, e uma série em homenagem à Semana de Radioastronomia, em outubro de 2011. Numa aula, ministrada por um jovem professor da UFRJ, falou-se das descobertas cosmológicas obtidas pela sonda WMAP (Wilkinson Microwave Anisotropy Probe) com a radiação de fundo da nossa galáxia. É uma das mais fortes evidências observacionais do modelo do Big Bang de criação do universo.

Comentou-se o formato peculiar das imagens, muito parecido com o emblema do Batman. Fora isso, o resto da exposição foi praticamente incompreensível. "Mede-se o espectro de potência em função do ângulo e momento do multipolo", explicou o rapaz, com a ajuda de gráficos inexpugnáveis e equações igualmente escandalosas. Alguém fez uma pergunta cuja resposta era "18 avos de segundo". Diante do silêncio, ele passou para sua especialidade: nuvens moleculares e astroquímica.

Quando desandou a falar de um tal espectro "maser", suspeitou-se que estivesse inventando e alguns desistiram de tentar entender. A introdução à astronomia geral parecia mais ao alcance dos comuns mortais. Uma revelação banal que causou espécie na turma foi a de que os meteoroides, ou cometas, têm o tamanho de uma ervilha. "Ervilha, feijão, grão-de-bico. Os maiores são do tamanho de laranjas", explicou Varella, creditando o alto brilho dos cometas a um fenômeno de ionização decorrente de sua altíssima velocidade ao entrar na atmosfera terrestre.

FURAQUINHOS Em 20 horas-aula, até o fim do semestre, falou-se da diferença entre planetas telúricos e jovianos -os primeiros têm composição química e densidade próximas às da Terra; os últimos, gasosos, são parecidos com Júpiter.

Este, aliás, gira tão velozmente que tem faixas gasosas alinhadas no sentido de sua rotação -vista a olho nu, a famosa estrutura em forma de olho tem 3,5 vezes o tamanho da Terra, e é provavelmente uma tempestade colossal que vem ocorrendo há três séculos. "Uma espécie de furacão, sendo que, perto dele, os nossos são 'furaquinhos'", comparou Varella.

O professor também informou que "se jogássemos os planetas na água", todos afundariam, menos Saturno, que tem a densidade menor do que uma rolha e, portanto, boiaria". Outra informação importante: Galileu Galilei não identificou os "anexos" laterais do planeta como anéis: pensou que se tratasse de um astro triplo. Na mesma época, outros foram mais criativos: concluíram que Saturno era dotado de orelhas.

Palmeirense roxo e fã da série "Arquivo X", Varella é uma unanimidade. Sempre de bom humor, compartilha o vício pela astronomia com o irmão Irineu, 59, e com a mulher, Regina Atulim, 48, ambos professores da EMA. "É uma família de loucos. Imagina como são as nossas conversas em casa."

Varella é diretor do Observatório Céu Austral, entidade fundada em 1987 para difundir a astronomia e as ciências da Terra. Ele costuma dizer que fez tudo errado: se tivesse escolhido a astrologia e batizado o grupo de "Seu Astral", em vez de "Céu Austral", certamente ganharia mais dinheiro.

Interessou-se pela ciência aos 14, trabalhando como guia do relógio de sol e sonoplasta do planetário. Tem um vozeirão de dublador. Sabe contar histórias e prender a audiência; seu relato sobre a sequência de Titius-Bode -controversa equação criada para calcular distâncias planetárias- deixou todos grudados na cadeira. Guarda na memória uma infinidade de distâncias interestelares, dimensões, volumes, composições químicas e temperaturas.

Ele ensina como coletar meteoritos em casa, descreve os siderólitos como se fossem pés-de-moleque (sendo os amendoins as partes rochosas) e confessa, emocionado, que gostaria de ter conhecido Hiparco (morto c. 127 a.C.) pessoalmente. Varella crê na possibilidade de vida fora da Terra, mas "daí a dar um passo além e acreditar em OVNIs, é outra história".

Fala com entusiasmo da Cratera de Colônia, que ninguém na classe conhecia e que é praticamente ignorada no meio acadêmico. Localizada na Zona Sul de São Paulo, em Parelheiros, tem 3,6 km de diâmetro e foi possivelmente provocada pelo impacto de um meteoro de cerca de 200 metros, há uns 5 milhões de anos. Sua profundidade máxima é de 400 metros.

Desde 1989, a área foi ocupada por loteamentos irregulares que surgiram com a instalação do Presídio de Parelheiros no interior da formação geológica. Segundo a prefeitura, hoje há 30 mil pessoas morando em Vargem Grande, em porções internas e externas da cratera. A ocupação desconfigurou parte da borda, mas, vindo pela estrada de Colônia, lá de cima dá para ver o contorno da estrutura. "Provavelmente o meteorito ainda está encravado lá dentro", diz Varella, lamentando a escassez de escavações científicas na área.

Na última aula do semestre, ele obteve autorização para abrir uma vitrine onde estão expostos os meteoritos. Com as duas mãos, tomou um fragmento do segundo maior meteorito do Brasil, o Santa Luzia, caído em Goiás, em 1919. Do tamanho de uma bola de boliche, ele foi passando de mão em mão. O Santa Luzia é feito de uma liga metálica inexistente na Terra, composta quase que exclusivamente de ferro e níquel de altíssima densidade. A idade estimada é de 4 bilhões de anos. "Quero que vocês tenham a sensação de tocar em um corpo celeste que não a Terra", explicou.

Um aluno conta que foi um desses momentos em que entendemos uma coisa não só com a mente, mas com o corpo, com a pele. "Lembro quando li pela primeira vez que estamos em cima de uma pedrinha que flutua no espaço", comentou. "O frio, o arrepio que tive ao pensar nisso me deixou quase paralisado. Deu até vertigem."

O objeto pesa 22 kg -bolas de boliche têm até 7,25 kg-, ou seja, só pode ser feito de um material muito condensado e singular. Uma rocha densa, gelada e metálica que veio do espaço. "Vou falar de novo: VEIO DO ESPAÇO!", ressaltou uma aluna, ainda incrédula.

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A astronomia é uma das poucas áreas em que os amadores são maioria e contribuem com a comunidade científica profissional, dada a investigações mais segmentadas

Embora a denominação "astrônomo amador" remeta a diletantismo, muitos desenvolvem estudos científicos, coordenam trabalhos e publicam em revistas especializadas

Júpiter gira tão velozmente que tem faixas gasosas no sentido de sua rotação -vista a olho nu, a estrutura em forma de olho tem 3,5 vezes o tamanho da Terra

Varella fala da Cratera de Colônia, na Zona Sul de São Paulo, com 3,6 km de diâmetro, possivelmente criada pelo impacto de um meteoro de 200 metros, há 5 milhões de anos

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