São Paulo, domingo, 16 de janeiro de 2011

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ILUSTRÍSSIMA SEMANA
O MELHOR DA CULTURA EM 9 INDICAÇÕES

CIRANDA DA POESIA
Como uma roda de leitura da poesia carioca, a coleção organizada por Italo Moriconi traz, em sete volumes, poetas lendo poetas, através de análises e pequenas antologias. Renato Rezende apresenta Guilherme Zarvos. Fernanda Medeiros destaca o "lirismo roqueiro" de Chacal, e o ilustríssimo Antonio Cicero tem sua obra comentada por Alberto Pucheu.
Ed. UERJ | R$ 15 cada

ANPOCS
A Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais publica a coleção "Horizontes das Ciências Sociais no Brasil" em três volumes -antropologia, sociologia e ciência política- com artigos inéditos de Carlos Benedito Martins e Fernando Limongi, entre outros. Ed. Barcarolla e Discurso Editorial
R$ 45 cada


A ÁFRICA DE RICHARD FRANCIS BURTON
Menos estudado do que a peregrinação a Meca e a expedição às nascentes do rio Nilo, o período em que o explorador inglês foi cônsul na África Ocidental (1861-65) é o tema dessa obra, escrita por Alexsander Gebara.
Alameda | 260 págs. | R$ 41

JUDITH LAUAND: EXPERIÊNCIAS
Três perguntas a Celso Fioravante, curador da exposição, que abre dia 20/1 no MAM-SP. Como foi feito o recorte da exposição?
A mostra apresenta 111 obras escolhidas entre as mais de 600 que foram pesquisadas em cerca de 50 coleções, brasileiras e estrangeiras. A seleção começa em 1954 -ano em que a artista adere ao concretismo e passa a fazer parte do Grupo Ruptura, além de ser premiada no Salão Paulista de Arte Moderna- e vai até o final dos anos 70, década em que sua pintura volta a ser construtiva, mas não mais concretista ortodoxa e sim tomada de uma liberdade maior no desenho, na composição e na seleção de cores.

Quais os materiais predominantes?
A mostra apresenta de tudo um pouco: pinturas em esmalte, têmpera, óleo e acrílica, desenhos em guache e nanquim, xilogravuras, tapeçarias, colagens, bordados e esculturas. Mas a pintura é predominante.

Como você avalia a importância de Lauand?
O valor dela está ligado a toda a produção artística brasileira da segunda metade do século 20, da qual foi uma das mais importantes expoentes, apesar de sua pouca visibilidade. Ela foi pop, política, feminista, lutou pelo fortalecimento do mercado de arte e nunca abandonou seu objetivo maior, que era ser artista.

O MUNDO MÁGICO DE ESCHER
O curador Pieter Tjabbes organiza exposição com 95 gravuras do artista holandês, que se inspirou em modelos matemáticos, como a fita de Moebius, e em mosaicos islâmicos do sul da Espanha para criar suas "imagens mentais". Além das gravuras, fazem parte da mostra dez instalações-enigma, feitas a partir de labirintos, jogos de espelho e espaços impossíveis idealizados por Escher. A mostra vem para São Paulo em abril.
Centro Cultural Banco do Brasil | RJ De 18/1 a 27/3

O ESPELHO E A LÂMPADA
Com o título retirado de um verso do poeta irlandês Yeats (1865-1939), M.H. Abrams sintetiza as transformações estéticas da literatura inglesa: da objetividade intelectual do século 18 à expressão subjetiva do 19. No capítulo introdutório, Abrams repassa quatro tradições críticas -mimética, pragmática, expressiva e objetiva- para chegar à teoria romântica, tema principal da obra.
Ed. Unesp | Trad. Alzira Vieira Allegro | 480 págs. | R$ 64

LUIS BUÑUEL
A inconfundível linguagem do cineasta espanhol pode ser vista na retrospectiva organizada pelo Museu de Arte Moderna do Rio. A mostra exibe 23 filmes, com títulos como "O Discreto Charme da Burguesia", "Tristana" e "A Bela da Tarde", protagonizado por Catherine Deneuve, em desempenho que a consagrou.
Cinemateca do MAM | RJ | Até 30/1

O TERCEIRO REICH
Campeão de jogos de guerra e escritor sem grande aptidão literária, Udo Berger, autor-personagem desse romance póstumo de Roberto Bolaño (1953-2003), escreve um diário, no qual registra suas férias de verão na Espanha e sua obsessão por estratégias de batalha.
Cia. das Letras | Trad. Eduardo Brandão | 344 págs. | R$ 45

DIA D
Depois de estudar a batalha de Stalingrado e a conquista de Berlim, o historiador britânico Antony Beevor relata o desembarque aliado na Normandia. O retrato do dia 6 de junho de 1944 oscila entre o painel histórico e detalhes de personagens desconhecidos.
Record | Trad. Maria Beatriz de Medina | 714 págs. | R$ 79,90


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