ILUSTRÍSSIMA SEMANA
O MELHOR DA CULTURA EM 9 INDICAÇÕES

GRUPO CORPO
Depois de engatar duas peças embaladas por uma sonoridade urbana contemporânea ("Breu" e "Ímã"), a companhia mineira foi à Galícia medieval despir as "cantigas de amigo" de Martín Codax da aura solene e achou ali dor irmã à da canção brasileira. O "périplo musical" deste "Sem Mim" teve por guias José Miguel Wisnik e Carlos Nuñez.
São Paulo | de 4 a 14/8

CHRISTIAN CARVALHO CRUZ
"Entretanto, Foi Assim que Aconteceu" reúne 23 reportagens publicadas no jornal "O Estado de S. Paulo" entre 2009 e 2011. Cruz dá tratamento literário a perfis de personagens conhecidos (Elza Soares) ou não (a mulher que por seis anos acreditou num falso diagnóstico de Aids) e narrativas sobre temas urbanos e culturais. Prefácio de Laura Greenhalgh
Arquipélago | 184 págs. | R$ 34

MARINA RHEINGANTZ
A jovem pintora paulistana reúne em sua terceira individual, "Everybody Knows this is Nowhere", telas em grandes dimensões, na fronteira entre o figurativismo e a abstração. No mesmo dia, abertura de mostras de Paulo Mendes da Rocha, Alberto Bitar e Marcos Gorgatti
Centro Universitário Maria Antonia | SP | de 4/8 a 23/10

NOVOS ESTUDOS CEBRAP 90
Nos 30 anos da revista, dossiê repassa a obra do ex-presidente do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), José Arthur Giannotti, que assina um dos textos. Em sua trajetória, diz o editor da revista, Joaquim Toledo Jr., "o marxismo, como teoria da modernidade capitalista, é o ponto de partida e a preocupação constante, mas a certo ponto Giannotti desvia para a lógica, desvio que nem sempre é claro", em que se busca a conciliação do marxismo com as novas perspectivas teóricas do final do século 21 e do começo do 20. Nesse processo, diz Toledo, "Marx corre o risco de sumir, no sentido de que some a crítica social e a ambição política". Ensaio visual de Bruno Dunley
192 págs. | R$ 20 e R$ 57 (assinatura)

CHUVA NEGRA
O japonês Masuji Ibuse (1898-1993) narra a busca de um idoso por um pretendente para sua sobrinha, afetada pela radiação da bomba atômica. Trecho em folha.com.br/ilustrissima
Estação Liberdade | trad. Jefferson José Teixeira | 328 págs. | R$ 52

JORNADA DO CINEMA SILENCIOSO
Nos 150 anos do francês Georges Meliès, o festival faz um apanhado das experimentações dele com (proto)efeitos especiais e ilusionismo. Em outra seção, há o controverso alemão "Da Manhã à Meia-Noite", em que um caixeiro se abandona ao hedonismo. Algumas exibições têm acompanhamento musical ao vivo.
São Paulo | de 5 a 14/8

MOSTRA ITALIANA DE TEATRO DE RUA
A companhia Teatro Tascabile di Bergamo desembarca no Pátio do Colégio com "Amor Mai Non s'Addorme", releitura de "Romeu e Julieta" tingida por um comentário político sobre a violência contra a juventude, em tempos e latitudes bem diversos da Inglaterra elizabetana. Em chave mais onírica, a trupe encena um grande baile oitocentista sobre pernas-de-pau em "Valse".
São Paulo | 5 e 6/8

MILES DAVIS
O CCBB saúda o "enfant terrible" do jazz americano (1926-91) com memorabilia que inclui partituras, capas de disco, instrumentos, fotos e vídeos que documentam a rasteira que ele deu no gênero. Um dos destaques da mostra concebida pela Cité de la Musique (Paris) é a tela "Bird of Paradise", que Jean-Michel Basquiat fez em homenagem a ele.
Rio | de amanhã a 28/9

A DIABA E SUA FILHA
"Nestas páginas se inscreve a facilidade em culparmos e diabolizarmos os que são diferentes." Em texto de apresentação desta incursão da francesa Marie NDiaye na literatura infantil, o escritor moçambicano Mia Couto aponta um traço central da obra da romancista ("Coração Apertado", Cosac Naify) e dramaturga da Comédie Française: a demonização do outro.
trad. Paulo Neves | Cosac Naify 40 págs. | R$ 25


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