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Terrenos contaminados viram alvo de incorporadoras na capital

Habite-se para empreendimento é concedido só depois de descontaminação e aval da Cetesb

Fábricas, postos de combustíveis e lava-rápidos são algumas das utilizações que
podem poluir o solo

Danilo Verpa/Folhapress
Técnico do Instituto de Pesquisas tecnológicas analisa solo afetado em Santo André (Grande SP)
Técnico do Instituto de Pesquisas tecnológicas analisa solo afetado em Santo André (Grande SP)

CARLOS ARTHUR FRANÇA
de são paulo

A escassez de terrenos vazios na Grande São Paulo começa a mudar a feição de regiões industriais. Áreas antes abandonadas devido à contaminação no solo voltaram a ser vistas como espaço para construção.

"Existe uma demanda crescente por análise de terrenos poluídos que vão receber prédios residenciais", avalia Elton Gloeden, geólogo da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo).

Só na capital, a Cetesb contabiliza 3.675 terrenos contaminados -dado de 2010. Na estimativa de Gloeden, o número pode subir para 5.000 no balanço deste ano.

Aí estão áreas que foram fábricas e postos de combustíveis -alguns dos usos que podem afetar o solo.

Para o comprador de um apartamento, a prática não traz problemas. Só com a autorização da prefeitura e a avaliação da Cetesb é que o prédio terá seu Habite-se (autorização de ocupação).

No entanto, o futuro morador deve estar ciente do processo de descontaminação, pois o tratamento pode deixar restrições de uso do terreno, como a proibição de poços artesianos.

O risco é o de um síndico desavisado querer utilizar o lençol freático para fornecimento de água, por exemplo.

Em unidades compradas na planta, a dificuldade pode ser o cumprimento do prazo de entrega. Em Guarulhos (Grande São Paulo), as chaves de um residencial atrasaram por um ano devido a exigências feitas pela Cetesb.

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