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Oferta on-line facilita busca, mas não dispensa etapa ao vivo DE SÃO PAULOO dentista Fábio Netto, 31, vive de olho em investimentos no mercado imobiliário. Com um grupo de amigos, ele costuma procurar opções que deem retorno em um ano e meio, dois anos. Foi um desses amigos que apresentou a ele o site Realton, de descontos em imóveis. "Entrei no site e vi que no chat dava para conversar, tirar dúvidas. Falei com uma corretora, que fez o convite para a gente ir até a empresa ver algumas opções", lembra. Uma delas foi o Aquarela Paulistana, no centro de São Paulo -a unidade de 60 metros quadrados foi comprada por ele por R$ 330 mil, com condições de negociação particulares. A entrada solicitada pela incorporadora era de R$ 31 mil, segundo a Realton, e saiu por R$ 12.500 -o restante ficou diluído nas demais parcelas. "Consegui um valor menor e não tirei dinheiro de investimentos que estão rendendo", diz Netto. Por indicação de um corretor, o engenheiro José Fábio, 53, conheceu o Promoimóveis e conseguiu um desconto de R$ 50 mil em um apartamento de dois quartos, em Brasília. "Foi a primeira vez que usei a internet para comprar um imóvel. Consegui procurar de casa, sem ter que rodar pela rua. Gostei da facilidade e da velocidade." Levantamento de 2011 realizado pela Fecomercio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de São Paulo) mostra que 51,5% dos consumidores da capital paulista têm o hábito de comprar pela internet -praticidade e preço menor do que em lojas físicas os motivam. "Com a internet, você não precisa sair do conforto para conhecer um produto e acaba conseguindo informações mais precisas", diz Romeu Busarello, diretor de ambientes digitais e marketing da Tecnisa, cuja participação do on-line no total de vendas chega a 35%. "Além disso, a internet facilita a vida de muita gente que tem pavor de falar com aquele corretor que liga todos os dias." CARA A CARA Apesar da tentação de comprar um apartamento com desconto, é preciso redobrar os cuidados antes de fechar negócio, segundo o Procon (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor). "O contrato de aquisição de imóveis é um dos mais complexos para o consumidor. É preciso visitar a unidade, conhecer a região para ver se é o que você espera, pesquisar sobre a empresa, visitar outros empreendimentos já entregues, conversar com síndico, zelador", enumera Renata Reis, supervisora da área de habitação do Procon. É importante, também, checar a quantidade de reclamações de que a empresa é alvo. "Antes de assinar a proposta, o consumidor tem de conhecer todos os detalhes do contrato. Caso contrário, a 'oferta imperdível' pode ser o início de muita dor de cabeça." Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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