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Guarda-volume vira despensa a distância

Box se torna extensão da casa, com o espaço administrado pelo cliente

Em relação ao modelo tradicional de guarda-volumes, o 'self-storage' permite a mobilidade dos itens

Simon Plestenjak/Folhapress
O empresário Paulo Caracik usa o box como 'centro de distribuição
O empresário Paulo Caracik usa o box como 'centro de distribuição'

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Se não é possível ter a barraca de camping na área de serviço e mudar para uma casa maior não está nos planos, os guarda-volumes do tipo "self-storage" são uma alternativa, e com mais flexibilidade ante os guarda-móveis tradicionais. Nestes, empresas transportadoras são responsáveis pelo carreto e pela guarda dos bens, com acesso restrito ao cliente.

Como o próprio termo em inglês sugere (autosserviço de armazenagem, em tradução livre), no "self-storage" cada cliente tem uma chave do box que aluga e o acesso é livre, desde que em horário comercial. No guarda-volume tradicional, uma vez armazenados, os objetos só poderão ser retirados em uma única oportunidade -em alguns casos, há uma taxa para remover ou colocar itens.

O empresário Fabiano Salomão Moraru, 36, vê o serviço como "coringa". "Ter uma garagem dessas é muito cômodo em uma cidade onde o metro quadrado está cada vez mais caro", diz ele, que armazena móveis, documentos e "relíquias de família".

O gasto fica em torno de R$ 1.000 por mês, e Moraru diz que compensa. "Sai mais barato do que ter um quarto a mais em casa", argumenta o cliente do Inbox há 16 anos.

Como os tamanhos e os preços variam muito, o economista Miguel Daoud diz que o locatário de um box precisa avaliar se o custo não está fora do propósito.

"Se faz do box a extensão da casa e gasta R$ 300 ou R$ 400, tudo bem. Agora, pagar entre R$ 1.000 e R$ 3.000 ao mês pode não compensar, a menos que se tenha ouro lá dentro", pondera.

O empresário Paulo Roberto Rezende Caracik, cliente do Guarda Tudo SP desde 2005, usa o espaço como um "centro de distribuição".

"Tenho flexibilidade de espaço e custo. Às vezes armazenamos 200 peças, mas já chegamos a 3.500. O modelo é ajustável à demanda", diz ele, que também já usou o local para guardar os móveis da casa durante uma reforma.

Mas os tradicionais guarda-móveis ainda têm clientes cativos, diz Roberto Morais, gerente da transportadora Granero em São Paulo. Segundo ele, a vantagem é que o serviço é feito por empresas de mudanças, que embalam os itens e fazem o transporte.

Há 45 anos no mercado, a empresa tem 63 unidades de guarda-móveis no país e cobra, em São Paulo, R$ 350 mensais para armazenar itens que ocupem um espaço de dez metros cúbicos.

(RL)

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