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Incorporadoras investem em peças de arte em edifícios residenciais

Cresce o número de arquitetos e empresas que projetam áreas comuns com obras artísticas

Custo desses objetos é pequeno em relação ao total da construção e não tem impacto no valor final do imóvel

CAMILA RODRIGUES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
CARLOS ARTHUR FRANÇA
DE SÃO PAULO
Luiza Sigulem/Folhapress
Edifício na Vila Madalena (zona oeste de SP) foi projetado para abrigar um painel do artista plástico Andrés Sandoval
Edifício na Vila Madalena (zona oeste de SP) foi projetado para abrigar um painel do artista plástico Andrés Sandoval

Na rua Simpatia, na Vila Madalena (zona oeste de São Paulo), um edifício entregue neste ano mostra algo diferente do que se vê na maioria dos residenciais da cidade: um painel de 30 m² estampa parte da fachada.
De autoria do artista Andrés Sandoval, a obra resgata uma tendência presente até os anos 1970: inserir objetos de arte em edifícios, geralmente encomendados pelo arquiteto e pela incorporadora a um artista plástico.
No próximo ano, ao menos quinze lançamentos na cidade terão peças de arte como protagonistas de alguma área comum do condomínio.
Esses projetos se concentram em áreas de edifícios de alto padrão, principalmente na zona oeste. Em Pinheiros, um lançamento abrigará um trabalho da artista plástica Estela Sokol. "É uma tentativa de estabelecer diálogo com a arquitetura", diz ela.
No centro, uma obra do artista Vitor César será exposta no calçamento de um projeto do designer Marcelo Rosenbaum. "O público [de compradores] é de pessoas entre 25 e 40 anos", caracteriza a diretora de incorporação da Stan, Leila Jacy.

VALORES
Um projeto com esse tipo de proposta não costuma aumentar os preços do imóvel ou o valor do condomínio.
"Não podemos aumentar [o preço das unidades] porque as obras não são valorizadas a esse ponto, mas é um conceito que diferencia o imóvel", afirma Rogério Atala, da construtora W Zarzur.
O preço do m² de empreendimentos com obras de arte varia de R$ 4.500 a R$ 8.100, segundo a empresa de pesquisas Geoimovel.
Para José Eduardo Lefèvre, professor de arquitetura da Universidade de São Paulo, a maior diferença entre os projetos atuais e os da época modernista é que os últimos foram concebidos para expor as obras sem grades separando-as do calçamento.

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