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Mercado de usados de São Paulo registra desaceleração em 2011

Com preços altos, bairros como Santana (zona norte) e Saúde (zona sul) têm queda nas vendas

Em agosto, a baixa foi de 14,5% em relação a julho; em setembro, alguns bairros tiveram redução de 22,8%

CAMILA RODRIGUES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Zé Carlos Barretta/Folhapress
Bairro do Imirim (zona norte), região em que houve queda de 32,4% na comercialização
Bairro do Imirim (zona norte), região em que houve queda de 32,4% na comercialização

Após a queda registrada na venda de imóveis novos na capital paulista, agora são os usados que percebem desaceleração de mercado na cidade de São Paulo.

A comercialização de novos foi 23,8% menor que a do ano passado nos primeiros oito meses do ano, de acordo com dados do Secovi-SP (sindicato do setor imobiliário). Em relação aos usados, dos nove primeiros meses de 2011, cinco tiveram queda do número de unidades negociadas, segundo levantamento do Creci-SP (conselho de corretores) em 454 imobiliárias.

À exceção de julho e agosto, mês em que a redução foi de 14,5% em relação ao mês anterior, todos os outros meses do ano tiveram pior desempenho se comparados ao mesmo período de 2010.

A principal causa do desaquecimento, segundo corretores, são preços "fora da realidade" dos bairros. "Quem vai vender o imóvel usado se baseia no preço dos novos", analisa o diretor da Brasil Brokers Ronaldo Gracindo.

O financiamento, que exige entrada, é dificultado com a alta dos preços por pedir renda maior do comprador.

REGIÕES

A redução na marcha das transações é sentida sobretudo em bairros menos centrais. "As vendas caíram 60% em relação ao ano passado", estima a corretora Terezinha Centrini, que atua no Tucuruvi (zona norte). O corretor Marcelo Mangano, que trabalha entre a Vila Mariana e a Saúde (zona sul), aponta redução de 40% nos negócios.

O Creci-SP agrupa o levantamento por zonas de valorização parecida. Nessa divisão, Butantã, Tucuruvi e Saúde estão na mesma região de valor, cuja comercialização caiu 22,8% em 2011.

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