São Paulo, domingo, 02 de janeiro de 2011

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Aprovação de reforma é entrave para os síndicos

Valor final do "retrofit" é queixa de moradores insatisfeitos com projeto

Mudanças na fachada de qualquer edifício só podem ser realizadas com a aprovação de todos os condôminos

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Sugerir a realização de um "retrofit" para o condomínio não é tarefa exclusiva do síndico. Ao constatar a necessidade de uma reforma mais radical, o próprio morador pode apontar os problemas.
Entretanto, as obras propostas devem seguir as regras do Código de Obras da prefeitura e ser aprovadas por assembleia de moradores -o mínimo é de 50% mais um dos condôminos. No caso de reforma de fachada, a aprovação deve ser unânime.
"Esse é o desafio, conseguir a unanimidade dos moradores [em relação à fachada], uma vez que todos têm que pagar pela reforma", afirma Luiz Henrique Ferreira, diretor da Inovatech, especializada em "retrofit".
Insatisfeito com a desvalorização do seu imóvel, o síndico Laerte Oliani, 49, sugeriu um projeto de "retrofit" aos condôminos.
A reforma do Edifício Acapulco -de 13 andares e 26 apartamentos-, nos Jardins (zona oeste), já dura dois anos e abrange fachada, sistemas hidráulico e elétrico e troca de elevadores. Até o momento, os gastos totalizaram R$ 400 mil, valor que resulta em um investimento de R$ 20 mil por proprietário.
"Apesar do preço, os moradores estão satisfeitos porque podem vender o apartamento por um valor no mínimo 50% superior ao inicial", calcula Oliani. As unidades estão cotadas em R$ 600 mil.
O "retrofit", porém, tem sido permeado por cobranças dos moradores. "Eles sempre questionam o valor e o motivo das obras, mas tenho o cuidado de documentar os gastos e explicar o porquê de cada reforma."

MUDANÇA DE USO
As alterações estruturais também servem para mudar o uso da edificação. O condomínio Panorama, lançado em 1982 na Vila Nova Conceição (zona sul) para fins comerciais, foi transformado em um residencial de luxo.
"Apesar de estar localizado em uma região privilegiada, o prédio estava em desuso por não ter estrutura certa para abrigar escritórios", conta Isay Weinfeld, arquiteto responsável pela obra.
Finalizado em 2007, o condomínio tem oito apartamentos -um por andar- que são vendidos atualmente por até R$ 4,5 milhões.(PB)


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