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Valorização de casas é maior fora da capital
Alta do preço do m2 é quase dez vezes maior em cidades do entorno
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Segurança e qualidade de vida são atrativos para quem procura uma casa em condomínio,
sobretudo fora da metrópole.
Mas esse tipo de moradia
tem ficado mais caro para
quem sai da capital. O metro
quadrado de casas, em média,
subiu mais, de 2005 a 2009, nas
cercanias que dentro dos limites do município de São Paulo.
Em 2005, uma casa de três
dormitórios em condomínio
fechado valia R$ 1.826 por metro quadrado na cidade de São
Paulo. Em 2009, o preço é de
R$ 2.058 -12,7% a mais.
Em Suzano (44 km a leste da
capital), essa diferença bateu
nos 96,29%; em Cotia (31 km a
oeste), chegou a 107,17%.
Mogi das Cruzes (57 km a leste) e Cotia contrariam a tendência de queda de lançamentos: Cotia registrou alta em
2007 (12,50%) e 2008 (35,71%).
Mogi das Cruzes, após queda de
50% em 2007, voltou a crescer
em 2008 (175%).
A valorização nas regiões do
entorno está relacionada à lei
da oferta e da procura, destaca
o consultor Celso Amaral. "São
Paulo está muito cara, as pessoas procuram [casas] fora da
capital", fala. "E o entorno do
Rodoanel se valorizou muito."
Chama ainda a atenção o fato
de que, embora os lançamentos
tenham apresentado decréscimos progressivos na região metropolitana, o total de unidades
se manteve no patamar de cerca de 4.400 em 2007 e 2008, segundo a Amaral D'Avila.
Viagens
Há dois anos, em busca de
mais segurança, Luiz Futema,
40, consultor imobiliário, levou
a mulher e os dois filhos pequenos para um condomínio de casas em Vargem Grande Paulista
(44 km ao sul de São Paulo), onde já vivia desde que se casou.
"Decidi morar e trabalhar longe de São Paulo", explica.
A "qualidade de vida ruim"
da metrópole fez com que o administrador de empresas Antonio Luiz Teixeira da Veiga carregasse a mulher e os três filhos
adultos para um condomínio
de casas em Cotia. Com a mudança, ele arrumou uma colocação em uma empresa local.
Já o vendedor Wellington
Cunha Lima, 40, casado e pai
de uma menina de 13 anos e de
dois garotos de um e oito anos
de idade, trabalhava na região
de Vargem Grande Paulista e
morava no bairro do Limão
(zona norte de São Paulo).
Cansado do vai e vem diário,
há um ano comprou uma casa
em loteamento fechado. O lote
mede 550 m2, e a casa, 200 m2.
A taxa de associação (equivalente ao condomínio) está entre R$ 220 e R$ 300 mensais.
Ele diz que há qualidade de vida e segurança no residencial:
"Quem vem aqui se apaixona".
Em Mogi das Cruzes, o executivo Anselmo Correia, 41, diz
entender, como diretor-presidente da associação de proprietários de uma "minicidade" de
4.000 moradores -que ainda
recebe diariamente 1.200 prestadores de serviço-, as agruras
que sofre um prefeito: "Temos
os problemas de uma cidade".
Ele mora com a mulher e o filho de seis anos em uma casa
de 480 m2, em um lote de 800
m2, com taxa associativa de
R$ 290.
(SILVIA DE MOURA)
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