São Paulo, domingo, 04 de janeiro de 2009

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ORÇAMENTO ANUAL

Renegociação de fornecedor deve considerar qualidade

Manutenção malfeita pode acarretar custo emergencial bem maior

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Fazer o orçamento é uma boa oportunidade para repensar maneiras de conter gastos, aplicar recursos com mais racionalidade, negociar com fornecedores condições mais favoráveis e, eventualmente, cortar despesas ordinárias supérfluas.
Mas é preciso fazer tudo isso com cuidado e nunca levar em conta apenas a questão financeira, alertam os especialistas ouvidos pela Folha. Como diz o ditado popular, o barato sai caro na maioria das vezes.
"Mesmo a racionalização de recursos não deve ser feita tendo em vista apenas economia, pois isso pode prejudicar a manutenção, por exemplo, e acarretar um custo emergencial bem maior", diz Angélica Arbex, gerente da Lello Administradora. "Tudo deve ser feito sem prejudicar a qualidade."
Para racionalizar o orçamento, ela recomenda que se comece analisando o gasto com funcionários, por ser um dos mais substanciais do condomínio.
"É importante checar o número de horas extras pagas durante o ano. Por vezes, gasta-se muito com isso para evitar novas contratações sem perceber que um folguista sairia mais barato", fala Arbex.

Cargos de confiança
A terceirização da mão-de-obra tem sido opção em vários condomínios, mas o síndico Reginaldo Corrêa dos Santos ainda não implantou esse tipo de contratação em seu prédio no Morumbi (zona oeste).
Para ele, serviços como portaria são "cargos de confiança". Santos prefere conduzir contratações e escolhas sem delegar essa tarefa a terceirizadas que, considera o síndico, em geral não são tão rigorosas.
Ele também não vê muita vantagem financeira nesse tipo de contratação. "Para valer a pena, a terceirização teria de diminuir pela metade os gastos com mão-de-obra", raciocina.
"Mas, para isso, precisaríamos contratar uma empresa desconhecida, que provavelmente paga pouco aos funcionários e recruta qualquer um."
Um ponto que pode gerar economia sem maiores riscos, avaliam os especialistas, são gastos com água e eletricidade. No caso da água, geralmente a principal fonte de desperdício, a recomendação é uma campanha de conscientização afixada em elevadores e áreas sociais, com dicas simples contra o mau uso do recurso.

Acordos
Já em relação aos contratos de prestadoras de serviço, a negociação, em geral, é feita anualmente, no vencimento do acordo, mas não há nada que impeça o condomínio de renegociar no momento de revisão das despesas.
Contudo, na hora de negociar o preço ou o percentual de aumento ou mesmo trocar de fornecedor, o primeiro item também deve ser a qualidade, sob pena de ter um serviço malfeito que, depois, terá de ser refeito a um custo maior, explica Ana Paula Pellegrino, da Adbens.
Fazer uma boa manutenção, aliás, é a receita do síndico Nilton Savietto para economizar. Investindo mais para manter tudo em boas condições, ele evita obras, conta.
"Procuramos escolher uma empresa que tenha uma boa reputação em sua área de atuação. Dessa forma, podemos mantê-la por mais tempo e acabamos tendo descontos pela fidelização", complementa Corrêa dos Santos. (NCC)


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