São Paulo, domingo, 04 de maio de 2008 |
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Papel valoriza locação
Comprar cotas de imóveis na Bolsa rende mais que aluguel e dispensa cuidados com manutenção
EDSON VALENTE EDITOR-ASSISTENTE DE IMÓVEIS Alugar imóvel para ter renda extra se sofisticou: ganhou status de aplicação na Bolsa de Valores. Trata-se de fundos imobiliários, lançados há menos de uma década no Brasil. As cotas de um ou mais empreendimentos -geralmente shoppings, edifícios de escritórios, flats ou hospitais- podem ser compradas por pessoas físicas ou jurídicas, que passam a ter participação nos ganhos com a locação de seus espaços. Em relação ao investimento em casa, apartamento ou sala para alugar, há vantagens. "Não é preciso comprar um imóvel inteiro", diz Martim Fass, da administradora Rio Bravo. E costuma render mais. Há duas possibilidades de compra de cota: na emissão primária (lançamento de um novo fundo) ou no mercado secundário (no pregão da Bolsa). No primeiro caso, há um valor mínimo de investimento, que pode ser de R$ 1.000, mas o piso costuma ser de R$ 10 mil. "Não há uma regra", explica Rodrigo Machado, da administradora Brazilian Mortgages. No mercado secundário, a flexibilidade de valores é maior. É possível comprar uma única cota de R$ 100, por exemplo. Porém ela vai custar mais do que isso, pois dependerá da negociação com o vendedor. O ágio na compra é um problema desse tipo de investimento. "Há poucos fundos imobiliários na Bolsa", diz Fass. Dos cerca de 70, um terço é de varejo -podem ser comprados por pessoas físicas-, e nenhum é aberto: quem não adquiriu cotas no lançamento só poderá fazê-lo no pregão. Sem manutenção Uma cota de R$ 100 do shopping Pátio Higienópolis está sendo negociada a R$ 150. "Vendo amanhã se quiser", fala o médico Paulo César da Silveira, 54, que adquiriu cotas do shopping na emissão primária -que costuma ser divulgada em veículos de comunicação. "Não tenho de me preocupar com manutenção", diz, em comparação com a compra de imóvel para alugar. "Além disso, não há incidência de Imposto de Renda sobre o rendimento, que gira em torno de 1,25% ao mês", complementa. A boa notícia é que, com o aquecimento do mercado, as administradoras de fundos planejam emissões de cotas de novos empreendimentos ainda no primeiro semestre. "Haverá lançamentos entre junho e julho", estima Fass, da Rio Bravo. Próximo Texto: Papel valoriza locação: Aplicação imobiliária tem risco baixo Índice |
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