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São Paulo, domingo, 05 de outubro de 2003

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Imóvel malcuidado fica vago até 1 ano

EDSON VALENTE
FREE-LANCE PARA A FOLHA
ISABELLE MOREIRA LIMA
FREE-LANCE PARA A FOLHA

O mau estado de conservação de boa parte dos imóveis disponíveis para locação na cidade também ajuda a puxar a média de preços para baixo, diz José Roberto de Toledo, da administradora Lello. "Um imóvel em boas condições é alugado em um prazo médio de 90 dias; um malcuidado leva de 180 dias a um ano", afirma.
Hoje, com a superoferta, os inquilinos passaram a ser mais exigentes com relação às condições dos imóveis, segundo o presidente da Aabic, Claudio Anauate. E os locadores tiveram de gastar mais na manutenção ou mesmo na modernização das unidades.
Há três anos no mercado, o corretor Alexandre Kim, 31, conhecido como Hans, observa que o candidato a inquilino não nota nada especificamente, mas sim o conjunto do imóvel. Por isso ele recomenda uma "faxina geral" antes de colocá-lo para alugar.
Pequenas reformas ajudam a valorizar o apartamento ou a casa. "As pessoas não se importam de pagar um pouco mais e ter qualidade", diz. Ele sugere, por exemplo, remover o carpete velho, principalmente se o piso original for taco. A mesma regra serve para azulejos pintados ou bordados.
As outras dicas se referem a paredes e portas. Paredes limpas são essenciais para conquistar um locatário. Na dúvida sobre a cor, "branco combina com tudo", lembra. É preciso ficar de olho em janelas e portas enferrujadas. "Podem afastar os clientes e devem ser limpas com prioridade."
O mesmo acontece com as infiltrações, vilãs do aluguel, de acordo com a consultora imobiliária Amélia Mattiussi, 58. "Se a pessoa vai comprar o imóvel, compra até detonado, mas, para alugar, ela vai querer uma coisa bonita."
O diretor de legislação do inquilinato do Secovi-SP (sindicato de imobiliárias e construtoras), Jaques Bushatsky, cita a clareza do contrato como outro item importante. "Além de agradar ao cliente, evita futuras dores de cabeça."
Há três regras básicas para atrair o locatário, ensina: descrever todos os valores negociados; evitar brechas no documento, que possam levá-lo à ilegalidade; e não "delirar" no preço, respeitando as regras do mercado.


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