UOL


São Paulo, domingo, 07 de setembro de 2003

Texto Anterior | Índice

11 ONGs atuam em Paraisópolis

ELISABETE ZORZETT
FREE-LANCE PARA A FOLHA

"Habitada por gente simples e tão pobre que só tem o sol que a todos cobre, como pode, Mangueira, cantar?" A frase de Cartola (1908-1980) poderia ser aplicada a qualquer favela do Brasil, onde as diferenças sociais são gritantes, e as condições, precárias.
Na emblemática Paraisópolis (segunda maior favela da cidade, datada de 1937, com 24 mil habitantes e 840 mil metros quadrados, parte na Vila Andrade e parte no Morumbi), o trabalho de pelo menos 11 ONGS (organizações não-governamentais) consegue, com o resgate da cidadania, minimizar os maiores flagelos atuais: desemprego, drogas e violência.
Um dos ícones é o grupo Meninos do Morumbi, criado em 1996 pelo músico Flávio Pimenta, 44. Com uma agenda lotada de apresentações, os 4.500 menores, de 7 a 17 anos, impressionam os mais diferentes públicos, seja cantando, dançando ou tocando ritmos brasileiros, de axé a maracatu.
"Quem faz parte veste a camisa. É como jogar em um time. É importante para o jovem pertencer a um grupo em que suas potencialidades são transformadas em habilidades. Envolvemos as famílias na discussão da educação dos seus filhos. Não se pode confundir pobreza material com pobreza de valores. Fechamos um círculo -jovem, escola, família, comunidade-, tornando-os menos vulneráveis à violência", explica.

www.meninosdomorumbi.org.br


Texto Anterior: População cresce 73% e "engarrafa" distrito
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.