São Paulo, domingo, 07 de setembro de 2008

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ALTA NO INTERIOR

Alta no interior

Sorocaba e Campinas verticalizam lançamentos de padrão elevado, com mais de 150 m2, quatro quartos e investimento na área de lazer

CRISTIANE CAPUCHINHO
DA REPORTAGEM LOCAL

O interior paulista é o novo eldorado para incorporadores que querem diversificar investimentos no cenário de aquecimento do mercado imobiliário.
No burburinho das especulações, cidades localizadas em um raio de cem quilômetros da capital ganham lançamentos que investem em lazer para vencer a concorrência.
Entre elas se destacam Sorocaba (100 km a oeste da capital) e Campinas (95 km a noroeste de São Paulo), onde os novos apartamentos têm mais de 150 m2, quatro quartos e várias vagas na garagem, além de salas de ginástica e espaços gourmet nas campanhas publicitárias.
Os preços dos lançamentos estão na faixa dos R$ 200 mil (confira alguns na pág. 4).
Para a gerente de marketing Andréia Nascimento, da Rossi, que atua em todo o interior paulista, "o lazer é muito valorizado [em empreendimentos imobiliários] em Campinas e Sorocaba".
Nessas cidades, primeiro houve loteamentos, em seguida, condomínios horizontais, mais tarde os verticais e, depois, uma melhora qualitativa.
"É o ciclo da cidade que enriquece e cria demanda para novos tipos de imóvel", aponta Celso Amaral, diretor da Amaral d'Ávila, empresa especializada em avaliação imobiliária.
Com uma população próxima a 600 mil habitantes, Sorocaba foi alvo de renovação urbanística nos últimos dez anos. A chegada de indústrias e de mão-de-obra especializada criou públicos que são financeiramente interessantes.
"A cidade tem recebido apartamentos de alto padrão [o m2 chega a valer R$ 3.800], um nicho de mercado em que estava carente", diz Ronaldo Leme, diretor regional do Sinduscon-SP (sindicato da construção) em Sorocaba.
De acordo com Leme, as construtoras antes tinham dificuldade para comercializar imóveis de valores superiores a R$ 2.000 o metro quadrado.
A expectativa de consultores e incorporadores é que o "boom" imobiliário na cidade dure de três a cinco anos.
Incorporadoras que só trabalhavam na Grande São Paulo -como Schahin e Trisul- voltam os olhos para pólos do interior do estado.

Rumo ao oeste
"O grande número de empresas traz maior concorrência e preocupação de atendimento ao cliente", explica o diretor regional do Sinduscon-SP em Campinas, Luiz Amoroso.
Cidades como Hortolândia, Sumaré, Valinhos e Indaiatuba têm recebido empreendimentos residenciais por oferecerem grandes espaços por preços inferiores aos de Campinas -onde o m2 de um lote em condomínio chega a R$ 500.

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