São Paulo, domingo, 09 de janeiro de 2011 |
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Empresas vão focar em baixa renda e eficiência Lançamentos irão priorizar Minha Casa, Minha Vida; falta mão de obra Construtoras afirmam que não têm estrutura para dar continuidade a um crescimento como o verificado em 2010 COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Em 2011, o setor imobiliário espera ter um crescimento moderado e oferecer menos lançamentos, de acordo com construtoras e bancos consultados pela Folha. As empresas pretendem focar empreendimentos que se enquadrem no programa Minha Casa, Minha Vida -unidades de até R$ 130 mil. Segundo Teotônio Costa Rezende, consultor da vice-presidência de governo da Caixa Econômica Federal, a segunda fase do projeto tem como objetivo lançar 2 milhões de unidades até 2014. "O grande entrave é viabilizar terrenos com infraestrutura adequada e preço compatível para empreendimentos destinados ao segmento de baixa renda", afirma. É nessa faixa de valor que a recepcionista de eventos Ivanir Rezende Mota, 44, procura um imóvel em Osasco (Grande São Paulo). "Estou apreensiva com as possíveis mudanças econômicas, mas me tranquiliza já ter a carta de crédito [do financiamento] em mãos", comenta. Consultores apontam a superação de gargalos como o maior desafio deste ano para construtoras e incorporadoras. "Faltam mão de obra e infraestrutura para sustentar uma expansão maior", cita Ricardo Almeida, do Insper. "O Brasil precisa formar profissionais qualificados para dar conta de demandas grandes como a da Copa e a das Olimpíadas", opina Tarcisio Souza Santos, economista da Faap (Fundação Armando Álvares Penteado). Fabio Cury, presidente da construtora que leva seu sobrenome, aposta em um crescimento máximo de 20% no número de lançamentos. "Não temos estrutura para vender mais que isso. O grande desafio está em vencer os processos construtivos e entregar os empreendimentos no prazo estabelecido", diz. Eduardo Figueira, vice-presidente de desenvolvimento da imobiliária Fernandez Mera, aposta na formação de pessoas: "Precisamos de uma gestão mais efetiva". OFERTA DE CRÉDITO Os bancos negam mudanças no crédito imobiliário, mas altas na Selic costumam restringir a demanda por financiamento -que subiu 2.781% de 1994 a novembro de 2010 no Brasil (veja nos gráficos), segundo a Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança). "A lição de 2010 é aprender com os erros, melhorar a eficiência dos processos internos e o treinamento dos funcionários", destaca José Roberto Machado, diretor-executivo de negócios imobiliários do Santander. (PB) Texto Anterior: Ano para gastar as economias Próximo Texto: Equipando a casa: Ideal é pagar pela mobília sem parcelar Índice | Comunicar Erros |
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