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Até o final deste ano, começa a ser construído, na Vila Sônia, (zona sudoeste de São Paulo), o pátio da linha quatro do metrô (linha amarela), que vai ligar os bairros da região oeste à estação da Luz. A previsão de conclusão, fornecida pelo governo estadual, é 2005.
Localizado em uma região de 100 mil metros quadrados, próxima à avenida Francisco Morato, onde já estava prevista a desapropriação de algumas construções, o pátio servirá de estacionamento para os trens e não deve interferir muito na paisagem do bairro.
"O pátio ficará isolado do ambiente, mas como o distrito é residencial, vamos incentivar a construção de um empreendimento imobiliário na parte superior do estacionamento", diz Arnaldo Luis Pereira, diretor de planejamento e expansão do Metrô.
Segundo o arquiteto e urbanista Walter Caldana, a existência do pátio na região fará pouca diferença para os moradores.

Valorização imobiliária
O que deve causar mais mudanças, segundo Caldana, é a estação Morumbi, que será a última dessa linha e, apesar do nome, estará localizada na Vila Sônia.
"Quando você cria uma estação de metrô, os imóveis e terrenos localizados nas proximidades são valorizados", explica Caldana.
Para Witola Zmitrowicz, professor de planejamento urbano da Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo), o metrô, do ponto de vista urbanístico, é bastante positivo porque incentiva o crescimento imobiliário.
A estação Morumbi vai atender cerca de 74 mil passageiros diariamente, de um total de 109 mil moradores da região oeste.
A linha quatro do metrô é a primeira a ter a iniciativa privada como parceira do Estado e deve trazer como benefícios, além do crescimento das regiões por onde passará, a redução no tráfego da avenida Francisco Morato.
(ANA RAQUEL HERNANDES)

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