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GUIA DO PRIMEIRO IMÓVEL
SONHO CONCRETO
Entorno de bairros nobres é a melhor opção para estréia
Especialistas indicam áreas mais propícias à 1ª compra
EDSON VALENTE
DA REPORTAGEM LOCAL
MARIANA IWAKURA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Quando chega a hora de sair
do "ninho" dos pais, a primeira
decisão a tomar é onde procurar o imóvel próprio. Nessa escolha, o preço pesa bastante.
A Folha ouviu 15 especialistas do mercado imobiliário, entre consultores e as maiores incorporadoras e imobiliárias,
para eleger os 15 bairros com as
melhores opções de imóveis
para o comprador estreante.
O primeiro critério adotado
foi o perfil de apartamento
mais buscado por esse tipo de
adquirente -os imóveis de dois
dormitórios-, embora haja
procura também pelo que
Odair Senra, diretor de negócios da construtora Gafisa, e
Feliciano Giachetta, sócio da
consultoria FGi Negócios Imobiliários, classificam como
"três-dormitórios compacto",
de 65 m2 a 85 m2 úteis.
Os dois-quartos novos mais
em conta se encontram no Butantã (zona oeste): lá, os de
48 m2 a 55 m2 de área privativa
custam a partir de R$ 100 mil,
segundo a Amaral d'Ávila Engenharia de Avaliações.
O cruzamento de dados também considerou o comportamento do comprador. O perfil
predominante de quem procura a primeira casa própria é o
de casais. "O filho que tem mais
de 20 anos e sai da residência
dos pais para casar, ou os casais
que já moram de aluguel e têm
seus 30 anos de idade", diz Luiz
Paulo Pompéia, sócio da Embraesp (Empresa Brasileira de
Estudos de Patrimônio).
De classe média, eles priorizam bairros em desenvolvimento "no entorno de outros
mais nobres e com preço que
deixe sobrar dinheiro para gastar em móveis legais", como
pontua João Freire d'Avila Neto, sócio da Amaral d'Avila.
Assim, em vez do Alto de Pinheiros, mais caro, optam pela
vizinha Vila Madalena, que tem
dois-quartos de R$ 140 mil.
No centro da badalação
Em geral, há outro requisito
para o primeiro lar -"badalação e movimento", opina Sergio
Vieira, vice-presidente da imobiliária Coelho da Fonseca.
"Casais jovens gostam de localização mais central", afirma.
Perdizes, Moema, Brooklin e
Itaim se enquadram nessa exigência -regiões com comércio
e serviços "à mão" são desejadas, observa Fábio Rossi Filho,
diretor do Secovi-SP (sindicato
da habitação).
Itens como proximidade do
metrô e do trabalho costumam
ser valorizados, bem como ao
menos uma vaga de garagem,
lembra José Augusto Viana Neto, presidente do Creci-SP
(conselho de corretores).
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