São Paulo, domingo, 11 de junho de 2006

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GUIA DO PRIMEIRO IMÓVEL

SONHO CONCRETO

Entorno de bairros nobres é a melhor opção para estréia

Especialistas indicam áreas mais propícias à 1ª compra

EDSON VALENTE
DA REPORTAGEM LOCAL

MARIANA IWAKURA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Quando chega a hora de sair do "ninho" dos pais, a primeira decisão a tomar é onde procurar o imóvel próprio. Nessa escolha, o preço pesa bastante.
A Folha ouviu 15 especialistas do mercado imobiliário, entre consultores e as maiores incorporadoras e imobiliárias, para eleger os 15 bairros com as melhores opções de imóveis para o comprador estreante.
O primeiro critério adotado foi o perfil de apartamento mais buscado por esse tipo de adquirente -os imóveis de dois dormitórios-, embora haja procura também pelo que Odair Senra, diretor de negócios da construtora Gafisa, e Feliciano Giachetta, sócio da consultoria FGi Negócios Imobiliários, classificam como "três-dormitórios compacto", de 65 m2 a 85 m2 úteis.
Os dois-quartos novos mais em conta se encontram no Butantã (zona oeste): lá, os de 48 m2 a 55 m2 de área privativa custam a partir de R$ 100 mil, segundo a Amaral d'Ávila Engenharia de Avaliações.
O cruzamento de dados também considerou o comportamento do comprador. O perfil predominante de quem procura a primeira casa própria é o de casais. "O filho que tem mais de 20 anos e sai da residência dos pais para casar, ou os casais que já moram de aluguel e têm seus 30 anos de idade", diz Luiz Paulo Pompéia, sócio da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio).
De classe média, eles priorizam bairros em desenvolvimento "no entorno de outros mais nobres e com preço que deixe sobrar dinheiro para gastar em móveis legais", como pontua João Freire d'Avila Neto, sócio da Amaral d'Avila.
Assim, em vez do Alto de Pinheiros, mais caro, optam pela vizinha Vila Madalena, que tem dois-quartos de R$ 140 mil.

No centro da badalação
Em geral, há outro requisito para o primeiro lar -"badalação e movimento", opina Sergio Vieira, vice-presidente da imobiliária Coelho da Fonseca. "Casais jovens gostam de localização mais central", afirma.
Perdizes, Moema, Brooklin e Itaim se enquadram nessa exigência -regiões com comércio e serviços "à mão" são desejadas, observa Fábio Rossi Filho, diretor do Secovi-SP (sindicato da habitação).
Itens como proximidade do metrô e do trabalho costumam ser valorizados, bem como ao menos uma vaga de garagem, lembra José Augusto Viana Neto, presidente do Creci-SP (conselho de corretores).


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