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COMERCIAIS
Faria Lima lidera aumento de ocupação de escritórios
Taxa de vacância das salas da região é a menor da cidade de São Paulo
DA REDAÇÃO
O grande expoente do crescimento do mercado de escritórios em São Paulo, verificado
desde o ano passado, é a região
da avenida Brigadeiro Faria Lima, na zona oeste.
É ali que se comprova, hoje, a
menor taxa de vacância da cidade, de acordo com um estudo
realizado trimestralmente pela
consultoria especializada CB
Richard Ellis (confira números
no quadro). É também o metro
quadrado de locação mais caro
da capital: R$ 95.
"Nesse trecho, houve incorporação de empreendimentos
de boa qualidade", justifica Reginaldo Vellosa, 46, gerente de
pesquisa da Richard Ellis.
"É uma região mais centralizada, muito bem atendida por
serviços, como bares, restaurantes e bancos, e a preços não
muito diferenciados em relação aos outros pólos", pontua.
Esses fatores permitiram
que seus espaços fossem ocupados bem mais rapidamente
que os de outros locais.
A segunda menor taxa de vacância, atualmente, é a da região dos Jardins que margeia a
avenida Paulista, diz Milena
Morales, 28, gerente de pesquisa da Cushman & Wakefield.
A consultora pondera que,
em alamedas como a Santos e
ruas como a Antônio Carlos
(Bela Vista), o perfil de ocupação é diverso do da Faria Lima,
onde prevalecem empreendimentos classe A.
"Naquelas vias, empresas
menores aproveitam a facilidade de acesso e a proximidade da
Paulista com a vantagem de
que os preços são menores que
os da avenida", compara.
"Nelas predominam empreendimentos de padrão menor, das classes B (31% do total)
e sobretudo C (64%)."
O maior estoque de escritórios da capital está localizado
na região da marginal Pinheiros, que inclui a avenida Engenheiro Luiz Carlos Berrini.
A vacância daquela área também é a maior (12,7%) entre os
quatro grandes pólos de edifícios comerciais, segundo a Richard Ellis.
"Ela é alta mais pelo volume
total de área de escritórios que
a região detém", analisa Vellosa. "A oferta de serviços na Berrini tem evoluído. Lá, há prédios cujos preços de locação
equivalem aos da Faria Lima."
Consultorias especializadas
apontam que o aquecimento do
mercado de escritórios, verificado em 2006, acentuou-se no
primeiro semestre de 2007.
"No segundo trimestre deste
ano, tivemos a maior absorção
[aumento da ocupação dos espaços em relação ao período
anterior] dos últimos quatro
anos", aponta Morales.
Mas essa recuperação do setor faz com que os preços de locação saiam do estado de estagnação para o de crescimento,
observa a consultora.
Hoje, a média do metro quadrado dos edifícios de alto padrão na cidade equivale a US$
36, dimensiona Morales.
(EV)
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