São Paulo, domingo, 12 de setembro de 2010

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mude!

Para evitar curto-circuito

Pesquisa mostra que 90% dos edifícios com mais de dez anos não possuem aterramento; 33% das casas não têm fio terra

Fotos Carlos Cecconello/Folhapress
A turismóloga Sandra Carrilo aumentou o número de tomadas de sua casa

LUIZA CAIRES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Apesar de o aterramento ser obrigatório por lei, uma pesquisa feita pelo Programa Casa Segura mostra que 33% das casas construídas em São Paulo não o possuem e que 90% dos condomínios com mais de dez anos consultados não têm fio terra.
O condutor de proteção -ou fio terra- desvia os elétrons que "fogem" dos circuitos, o que evita choques elétricos e protege aparelhos eletrônicos de danos.
Instalações elétricas não adequadas à norma brasileira -a NBR 5.410, da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)- também foram encontradas durante a pesquisa, que abrangeu cem edifícios residenciais na capital e 300 pessoas que construíram suas casas há até dois anos na região metropolitana de São Paulo.
"A maioria das edificações apresentou algum problema na rede elétrica", afirma o diretor-executivo do Casa Segura, Antonio Maschietto.
Além de oferecer riscos à segurança, a instalação elétrica mal executada provoca aumento nos gastos.
Para identificar problemas, a revisão periódica -a cada cinco anos- é recomendável, mas a casa também dá sinais de necessidade de reforma no dia a dia (confira quadro abaixo).

RENOVAÇÃO
O uso do benjamim ou da extensão gera desperdício de energia elétrica. Também pode provocar quedas constantes dos disjuntores e até levar a um curto-circuito.
Cada tomada deve ser usada apenas por um aparelho, pois o número delas em uma casa está diretamente relacionado com o dimensionamento do sistema, diz o engenheiro Hilton Moreno.
Se as tomadas não são suficientes, é hora de redimensionar o sistema elétrico.
O estudo aponta o descumprimento de outro requisito mínimo: 85% dos edifícios não possuem dispositivo DR (diferencial residual).
Ele é uma espécie de "dedo-duro" da instalação, pois desliga correntes de pequena intensidade que o disjuntor não detecta, mas que podem ser fatais, como choques na porta da geladeira.
Erros comuns no uso de energia elétrica também comprometem a segurança. O quadro de distribuição, por exemplo, não deve ficar atrás de móveis, para facilitar o acesso em caso de acidentes elétricos, diz Ricardo D'Ávila, engenheiro eletricista do Instituto de Energia e Eletrotécnica da Universidade de São Paulo.


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