São Paulo, domingo, 13 de abril de 2008

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ÚLTIMA CHAMADA

Gasto médio varia de R$ 300 a R$ 750 por elevador; moradores precisam fiscalizar barulhos e vibração

Vistoria mensal é item obrigatório no relatório de inspeção

DA REPORTAGEM LOCAL

Um item obrigatório que consta no RIA (Relatório de Inspeção Anual) são as vistorias mensais dos elevadores.
Há duas opções de contrato: de conservação ou manutenção simples -a cerca de R$ 300 mensais por elevador- e de manutenção preventiva ou integral -custa, em média, R$ 750 mensais por elevador.
Apenas na última a troca de peças está inclusa. E ambas podem ter desvantagens.
"Empresas não idôneas podem trocar peças antes do necessário, no primeiro caso, ou esperar um defeito grave para fazê-lo, no segundo", alerta o engenheiro mecânico Heraldo Melo, 55, diretor da consultoria em elevadores Hertech.
Em São Paulo, é obrigatório contratar empresa cadastrada no Contru (Departamento de Controle do Uso de Imóveis).
Como responsável civil e criminal pelo conforto e pela segurança de condôminos e visitantes, o síndico deve estar atento a alguns sinais.
Uma boa visita deve durar cerca de duas horas, por elevador, segundo o presidente do Seciesp (sindicato de empresas de elevadores de São Paulo), Fábio Aranha, 41.
"O técnico vai à casa de máquinas, verifica barulhos, anda por cima da cabine para ver se há problemas nos trincos de segurança e nas guias [trilhos]", descreve o consultor Melo.
O síndico ou o zelador deve verificar se o técnico assinou, anotando data e número de sua matrícula na empresa, o check-list -a ser afixado na porta interna do quadro de comando, que fica na casa de máquinas.
Moradores devem informar ao síndico anormalidades, como vibração e ruído estranhos e desnível da cabine em relação ao pavimento nas paradas. Ele não pode ser superior a 10 mm pela norma técnica de elevadores (NBR NM 207) para os fabricados desde 1999.
Outros indícios que devem ser comunicados são paradas em andar diferente do solicitado e defeitos nos botões de abrir e fechar e no sensor da porta, alerta o tenente do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo Marcos Palumbo, 33.
Problemas nas portas da cabine e do pavimento correspondem a 65% dos chamados atendidos pela empresa ThyssenKrupp.
A norma técnica exige que ambas sejam automáticas -em elevadores fabricados antes de 1999, elas são do tipo eixo vertical, abertas pelo passageiro.

Vandalismo
Esbarrões com carrinhos de bebê ou de compras podem tirar a porta da cabine dos trilhos. "E quando o ajuste do contato não está bem-feito, o equipamento é programado para não partir", explica Paulo Duarte, 36, gerente da ThyssenKrupp em São Paulo.
Brincadeiras como pular no elevador podem fazê-lo parar, porque o sistema de segurança detecta excesso de vibração e trava o equipamento.
Vandalismo e uso inadequado -como abertura brusca de portas e acionamento de botoeiras sem necessidade- são coibidos com instalação de câmeras, sugere Abdon de Souza Filho, 42, da administradora de condomínios Prop Starter.
"Já a porta da casa de máquinas deve ficar trancada", lembra o gerente regional da Atlas Schindler, Osvaldo Gazola. (DF)

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