São Paulo, domingo, 15 de junho de 2008

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ALTA DO ALUGUEL

Locatário deve conservar imóvel e checar preço com os da vizinhança

Bons antecedentes e pesquisa de valores facilitam barganha

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Para reduzir o peso do reajuste do aluguel, a dica é usar os bons antecedentes como moeda de troca na negociação.
Para Márcio Rachkorsky, advogado da Comissão de Direito Imobiliário da OAB-SP, são dois os fatores-chave para que haja uma boa negociação.
"Pagamento em dia e boa conservação do imóvel são fundamentais para que o diálogo flua melhor na hora de renegociar o aluguel", salienta.
É esse o caso da fisioterapeuta Cristina Romeiro, 50. Ela aluga um apartamento de dois quartos na Vila Mariana (zona sul) há quase cinco anos.
Nesse período, conseguiu que o aumento do aluguel não superasse 10%. "Nunca atrasei um pagamento. Também gosto de manter o apartamento sempre em ordem, com a manutenção em dia", argumenta.
Mas ela também aposta em outro diferencial: o bom relacionamento com o resto do prédio. "Sinto-me bem-vinda aqui", resume.

Comparação
O advogado Humberto Natal Filho, da Comissão de Direito Imobiliário da OAB-SP, sugere também pesquisa de outros imóveis nas imediações.
"Ao comparar dois locais similares e com aluguéis muito diferentes, é possível perceber qual dos lados deve ceder: se o que paga muito pouco ou o que cobra demais", exemplifica.
O engenheiro Carlos Eduardo Gomes, 42, passou por essa situação. Morador do Paraíso (zona sul) há oito anos, ele nunca negociava os reajustes no seu contrato -sempre concordando com os aumentos.
No começo do ano, porém, pesquisou preços de aluguel na vizinhança. Então, percebeu que seu contrato mensal era quase 25% mais caro do que outros parecidos.
Com bons argumentos, Gomes conseguiu baixar 20% do aluguel. "Conversei que, se não houvesse um desconto significativo, eu sairia do imóvel. Sou bom pagador, converso com todo mundo aqui do prédio. Isso com certeza pesou", afirma.
Há quem perceba que é o momento de deixar a locação e partir para a aquisição.
Walter Leite, 37, gerente de sistemas, resolveu, há cinco anos, ser locador do imóvel em que morava e do qual era dono. "Como eu vivia me mudando, era mais negócio eu também morar de aluguel", afirma.
Hoje ele vai trilhar o caminho oposto. Cansado de conviver com as oscilações dos reajustes, busca uma nova casa própria. "Quero um apartamento de até dois dormitórios, perto do metrô", aponta. (MD)

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