São Paulo, domingo, 17 de julho de 2005

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DE CARA NOVA

Pintura e manutenção periódicas evitam gastos com reparos na estrutura e elevam preço de venda em 15%

Fachada renovada valoriza apartamentos

EDSON VALENTE
DA REPORTAGEM LOCAL

Limpar a fachada rende mais do que uma boa impressão do prédio. Se feita com a periodicidade adequada, a operação evita gastos causados pela deterioração (como corrosão de estruturas ou trincas) e valoriza o imóvel.
A manutenção preventiva periódica (limpeza e reparos) deve ser feita, pelo menos, a cada cinco anos, segundo Miqueas Bergmann, 27, sócio da M. Bergmann, especializada no serviço. "Senão o preço sobe, porque é preciso corrigir danos mais graves."
E ela é obrigatória. A lei municipal nš 10.518/88 diz que a lavagem de pastilhas ou a pintura deve acontecer a cada cinco anos.
O prazo pode ser mais curto dependendo de onde está o imóvel. O ideal é que a lavagem da fachada (de R$ 5.000 a R$ 10 mil) seja feita a cada dois ou três anos se o prédio estiver perto de avenidas com excesso de poluição. A limpeza de vidros é bimestral.
Se a estrutura precisa ser recuperada, o custo e o tempo de obra crescem. "Pode haver ferragem aparente devido à infiltração de água", afirma Josiane Marcelino, 33, gerente do departamento de engenharia da imobiliária Hubert. "O ferro é recomposto e coberto com concreto."
Uma opção para valorizar e modernizar o edifício é trocar revestimentos e caixilhos e fazer alterações arquitetônicas. A mudança pede aprovação em assembléia e sinal verde da prefeitura e do arquiteto do projeto original.

Gasto que compensa
A valorização dos apartamentos pode compensar os gastos. Casos simples de recuperação de fachadas valorizam o preço de cada unidade em 15%, em média.
Projetos de reforma chegam a dobrar o valor do imóvel. Foi o que aconteceu com o edifício Marambaia, nos Jardins (zona oeste). "As unidades valiam cerca de R$ 500 mil. O preço duplicou", diz o engenheiro civil Marcos Velletri, 58, da diretoria de insumos e tecnologia do Secovi-SP (sindicato da habitação de São Paulo). Cada morador gastou R$ 150 mil.
No prédio em que o administrador de empresas Francisco Lopes, 47, é conselheiro, os brise-soleils (coberturas que evitam incidência direta de raios solares) e os caixilhos deteriorados foram trocados, as peças estruturais, recuperadas, e refez-se o revestimento. Gastaram-se R$ 750 mil.
A Kiir, especialista em esquadrias de alumínio, recupera caixilhos colocando novos perfis (barras) de alumínio sobre os existentes. "Rejuvenesce e resolve o problema de infiltração de água", diz o diretor Amílcar Crosera, 42.


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