|
Próximo Texto | Índice
DE CARA NOVA
Pintura e manutenção periódicas evitam gastos com reparos na estrutura e elevam preço de venda em 15%
Fachada renovada valoriza apartamentos
EDSON VALENTE
DA REPORTAGEM LOCAL
Limpar a fachada rende mais
do que uma boa impressão do
prédio. Se feita com a periodicidade adequada, a operação evita
gastos causados pela deterioração
(como corrosão de estruturas ou
trincas) e valoriza o imóvel.
A manutenção preventiva periódica (limpeza e reparos) deve
ser feita, pelo menos, a cada cinco
anos, segundo Miqueas Bergmann, 27, sócio da M. Bergmann,
especializada no serviço. "Senão o
preço sobe, porque é preciso corrigir danos mais graves."
E ela é obrigatória. A lei municipal nš 10.518/88 diz que a lavagem
de pastilhas ou a pintura deve
acontecer a cada cinco anos.
O prazo pode ser mais curto dependendo de onde está o imóvel.
O ideal é que a lavagem da fachada (de R$ 5.000 a R$ 10 mil) seja
feita a cada dois ou três anos se o
prédio estiver perto de avenidas
com excesso de poluição. A limpeza de vidros é bimestral.
Se a estrutura precisa ser recuperada, o custo e o tempo de obra
crescem. "Pode haver ferragem
aparente devido à infiltração de
água", afirma Josiane Marcelino,
33, gerente do departamento de
engenharia da imobiliária Hubert. "O ferro é recomposto e coberto com concreto."
Uma opção para valorizar e modernizar o edifício é trocar revestimentos e caixilhos e fazer alterações arquitetônicas. A mudança
pede aprovação em assembléia e
sinal verde da prefeitura e do arquiteto do projeto original.
Gasto que compensa
A valorização dos apartamentos
pode compensar os gastos. Casos
simples de recuperação de fachadas valorizam o preço de cada
unidade em 15%, em média.
Projetos de reforma chegam a
dobrar o valor do imóvel. Foi o
que aconteceu com o edifício Marambaia, nos Jardins (zona oeste).
"As unidades valiam cerca de
R$ 500 mil. O preço duplicou", diz
o engenheiro civil Marcos Velletri, 58, da diretoria de insumos e
tecnologia do Secovi-SP (sindicato da habitação de São Paulo). Cada morador gastou R$ 150 mil.
No prédio em que o administrador de empresas Francisco Lopes,
47, é conselheiro, os brise-soleils
(coberturas que evitam incidência direta de raios solares) e os caixilhos deteriorados foram trocados, as peças estruturais, recuperadas, e refez-se o revestimento.
Gastaram-se R$ 750 mil.
A Kiir, especialista em esquadrias de alumínio, recupera caixilhos colocando novos perfis (barras) de alumínio sobre os existentes. "Rejuvenesce e resolve o problema de infiltração de água", diz
o diretor Amílcar Crosera, 42.
Próximo Texto: De cara nova: Conservar a fachada economiza imposto Índice
|