São Paulo, domingo, 17 de julho de 2011

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mude!

A louça nova do rei

Para embelezar o ambiente ou para reparar danos da estrutura hidráulica, troca do vaso requer cuidados

BRUNA BORGES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Piso, azulejo, torneiras e cuba costumam ser motivo de maior preocupação que a louça sanitária no momento da reforma. Mas é o vaso -e seu encanamento- que rende as piores dores de cabeça.
Uma peça mal escolhida compromete o conforto, as contas e a beleza da casa.
São três os principais crivos pelos quais a louça deve passar antes da compra: funcionalidade, economia de água e estética.
A primeira decisão é se o vaso terá ou não caixa-d'água acoplada. Modelos com a caixa são econômicos -gastam seis litros-, mas podem exigir quebra-quebra para a adequação da tubulação.
Menos volumosos, modelos sem a caixa podem apresentar problemas de uso se há pouca pressão de água, como pode ocorrer em andares mais altos de prédios.
Em um caso ou no outro, a descarga pode ter fluxo duplo de água, com jatos de três litros para resíduos líquidos e de seis para sólidos.
Em seguida, vem a estética. "O design das louças deve coordenar com a decoração do banheiro", opina a arquiteta Natália Shinagawa.
Quem quer mais conforto pode optar por modelos tecnológicos, que possuem até aquecimento do assento.

ECONOMIA?
Peças escolhidas, o encanamento deve ser vistoriado para a instalação.
No apartamento dos professores Arnaldo Menon, 34, e Marjorie de Carvalho, 30, as louças foram trocadas, mas a válvula, mantida. Após algum tempo, a peça estourou, e o vazamento criou uma bolsa de água entre a parede e a pintura. Outra obra foi necessária para a troca da válvula.

ECONOMIA
Quem se preocupa com o gasto de água deve pensar na descarga para escolher a louça. Válvulas com duplo fluxo são a melhor solução, tanto para os vasos com caixa acoplada como para os sem.
Opções com caixa-d'água ainda podem ser uma boa alternativa para quem tem problemas com falta de pressão de água, como moradores de andares altos. O líquido acumulado ali cria a pressão necessária para um bom fluxo.
Um modelo com caixa é, em geral, 30% mais caro do que um sem o item. Mas a troca pode ser paga com a economia de água feita em um ano de uso, segundo a fabricante Roca. Porém, antes de efetuar a alteração, é preciso adequar o encanamento para a entrada do insumo.
O Jacarta tem caixa acoplada, que controla o gasto de água
QUANTO R$ 538, em SP
ONDE Eternit
www.eternit.com.br

TECNOLOGIA
É no assento sanitário que os fabricantes conseguem aplicar as tecnologias mais surpreendentes.
Há modelos com aquecedor, para os dias frios, com jatos de água na função bidê, com ventilação e desodorização, e até mesmo com massageador no estofado.
Para ter tudo isso, é preciso desembolsar em torno de R$ 3.500 -um modelo comum da Deca, com fechamento suave, sai por R$ 150.
Na compra, tanto do simples como do "high-tech", preste atenção aos furos de encaixe do assento, que não são padronizados.
O assento eletrônico Luxline reúne bacia com caixa acoplada e assento multifuncional estofado
QUANTO R$ 9.700
ONDE Roca
www.roca.com.br

CONFORTO
O segredo da comodidade do vaso sanitário está na altura da peça. Pode parecer pouco relevante, mas é ela que determina o esforço para se levantar.
As peças seguem o padrão de altura entre 39 cm e 45 cm. As mais comuns e mais baratas são aquelas que têm de 39 cm a 41 cm de altura.
No entanto, as mais altas são as mais confortáveis e indicadas para idosos e pessoas com deficiência.
No caso dos modelos suspensos, a altura deve respeitar as orientações do manual de instalação, mantendo o padrão acima de 39 cm.
Modelo sem caixa da linha City tem 39 cm de altura e design tradicional
QUANTO R$ 227
ONDE Celite
www.celite.com.br

ESTÉTICA
A fim de mudar a cara do tradicional vaso sanitário, fabricantes apostam em alterações nos formatos da bacia e da caixa e nas cores.
A decisão entre traços arredondados ou retos terá de ser tomada em conjunto com outras peças do cômodo: cuba, metais e acessórios.
Linhas curvas são tradicionais; as quadradas dão um ar contemporâneo.
Já a opção por cores é controversa. Apesar da oferta colorida, arquitetos recomendam o conservador branco.
"As cores devem ser adotadas nos revestimentos", diz a arquiteta Débora Aguiar.
Para explorar o design, a linha Cubo tem modelos retangulares nas cores preta e branca. As peças podem ter caixa acoplada
QUANTO R$ 2.900
ONDE Deca
www.deca.com.br

CUIDADOS NA INSTALAÇÃO
-Peça para um profissional verificar as condições da estrutura hidráulica antes da troca da louça
-Em caso de obra, exija a limpeza dos resíduos da tubulação, para evitar entupimento
-O tubo de esgoto deve ter pelo menos 1 cm acima do piso; isso evita vazamentos
-A vedação deve ser feita com anéis de borracha, mais resistentes

Fontes: Débora Aguiar, Deca, Eternit, Icasa, Natália Shinagawa e Roca


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