São Paulo, domingo, 19 de junho de 2011

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Qualidade de vida é chamariz da cidade

Boa parte dos compradores de unidades dos empreendimentos lançados é proveniente de municípios vizinhos

Com melhor IDH do país, São Caetano do Sul tem edifícios para classes A e B a valores menores que os de SP

Eduardo Anizelli/Folhapress
No bairro Santo Antônio, os prédios se destacam entre as casas

DANILO REGI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Discretamente entrincheirado entre os distritos paulistanos do Ipiranga (zona sul) e da Vila Prudente (zona leste) e as cidades de Santo André e São Bernardo do Campo, o município de São Caetano do Sul coleciona feitos importantes de desenvolvimento econômico.
A menor cidade da região metropolitana de São Paulo teve o 40º maior PIB do Brasil ""dado do IBGE de 2008"" e, no ano 2000, foi a cidade com o maior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do país, graças a sua taxa de analfabetismo próxima a zero e a ter todas as ruas asfaltadas e o esgoto canalizado.
Esses dados ajudam a explicar o interesse de moradores de municípios vizinhos pelos lançamentos da cidade: 38% dos compradores não são de São Caetano, de acordo com a construtora Rossi, com dois empreendimentos na região.
"A qualidade de vida da cidade não se compara à dos vizinhos. O município tem serviços de qualidade e até uma universidade municipal", avalia Celso Amaral, diretor da Geoimovel. Ao lado da rodovia Anchieta e da avenida do Estado e servida por uma linha de trem, o transporte não parece problema para a cidade. É com isso que conta o coordenador de vendas Fábio da Silveira, que adquiriu sua unidade lá. Silveira trabalha no Brooklin (zona oeste de São Paulo) e acredita que, ao se mudar, poderá chegar ao trabalho em 40 minutos. Hoje ele mora na Vila Olímpia (zona oeste de São Paulo).
O coordenador fechou negócio atraído pelo preço do metro quadrado: R$ 4.600, comparado a R$ 6.000 ou R$ 7.000 na capital, calcula.
Em média, os moradores de São Caetano do Sul têm renda de três salários mínimos por pessoa.
O nível do poder de compra de seus moradores deverá se manter pelos próximos anos a julgar pelos edifícios lançados: todos miram as classes A e B, afirma Aguinaldo Del Giudice, diretor comercial da imobiliária Del Forte Frema.

CRESCIMENTO
No bairro Santo Antônio está sendo construído um empreendimento com quatro vagas na garagem e opcionais de automação da unidade.
Os apartamentos foram vendidos pelo preço médio de R$ 1,3 milhão, com 264 m².
O maior empreendimento lançado na região, o Espaço Cerâmica, além de residenciais, terá edifícios comerciais e um shopping.
Seu primeiro prédio de escritórios foi lançado na semana passada. São 480 unidades de 55 m²; o valor do metro quadrado fica em torno de R$ 6.500 e R$ 7.500.
A ideia é que seus moradores possam viver, trabalhar e usar os serviços vizinhos. A estimativa é que 7.000 pessoas morem ali e outras 23 mil passem por lá diariamente.
Com a grandeza desses números, resta saber se a cidade seguirá com a mesma qualidade após seu crescimento.


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