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Fundos para inadimplência datam de 1970
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Para dar sustentação ao
setor imobiliário e ajudar
os mutuários a manter as
prestações em dia, o governo criou projetos para
impedir que o desemprego
elevasse a inadimplência.
O primeiro deles foi o
Fundo Fiel (Fundo para
Pagamento de Prestações
no Caso de Perda de Renda
por Desemprego e Invalidez), de 1970. O mutuário,
ao comprovar desemprego
ou invalidez para o trabalho, pagava as prestações
depois de restabelecer sua
situação financeira.
Em 1986, o fundo extinguiu-se com o BNH (Banco
Nacional da Habitação),
responsável pelas operações de crédito no país a
partir da década de 60.
Hoje há o Fundo Garantidor, restrito a financiamentos pelo programa Minha Casa, Minha Vida. Ele
permite refinanciar até 36
prestações, contanto que o
mutuário pague mensalmente, mesmo desempregado, ao menos 5% do valor das parcelas e que já tenha quitado seis delas.
Para José Augusto Viana Neto, presidente do
Creci-SP (conselho de corretores), a criação desse
tipo de projeto sofre influência dos bancos. "Ele
alimenta a possibilidade
de as instituições financeiras elevarem os juros do
financiamento", diz.
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