São Paulo, domingo, 22 de novembro de 2009

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CAPA

Extremos da avenida Faria Lima mudam de perfil

Vila Olímpia deve ter residenciais, e largo da Batata, salas comerciais

DA REDAÇÃO

Os dois extremos da avenida Brigadeiro Faria Lima, na zona oeste, passam por transformações que irão impactar seu mercado imobiliário. As etapas de desenvolvimento da Vila Olímpia e do largo da Batata, porém, são bem distintas.
A Vila Olímpia vive expectativas que vão além da inauguração, prevista para o próximo dia 24, do shopping center que leva o nome do bairro.
Especialistas dizem que a região não comporta mais escritórios e apostam na alta do mercado de residenciais no entorno da avenida Santo Amaro.
"Há saturação na parte de baixo [próxima à marginal Pinheiros] da região, mais comercial", detalha Adalberto Bueno Netto, presidente da Associação Colmeia, de moradores, e da construtora Bueno Netto, que ainda deverá lançar cinco novos prédios na região nos próximos 30 meses.
Para evitar que o movimento do shopping complicasse ainda mais o trânsito nas estreitas ruas do bairro, a prefeitura ligou a rua Olimpíadas à avenida Hélio Pellegrino. "Vai desafogar a saída", diz Bueno Netto.
Ele prevê também uma mudança de comportamento das pessoas que trabalham na região. "O shopping vai mantê-las ali, tende a retardar sua saída pela facilidade de serviços. Em vez de ir para casa no horário de pico, vão tomar uma cervejinha e pegar uma sessão de cinema das 19h às 21h", exemplifica.
O analista de sistemas Carlos Roberto Pereira da Silva, 46, trabalha ali perto e planeja almoçar na praça de alimentação do empreendimento. Mas reclama dos preços dos estacionamentos, que, segundo ele, subiram pela falta de oferta -o shopping tomou seu espaço.

Residenciais
Em 2006 e 2007 a Vila Olímpia já deu mostras de seu potencial para atrair incorporadores de residenciais.
Dados da Geoimovel, empresa de pesquisas de mercado, computam quatro lançamentos desse tipo em 2006 e outros cinco em 2007. Em 2008 foi apenas um; em 2009, nenhum.
Entre os perfis de apartamento, há os do tipo estúdio, de um dormitório, metragem em torno de 50 m2 e preços de até R$ 250 mil; dois-quartos de padrão médio, com área útil de 57 m2 a 73 m2 e preços de R$ 199 mil a R$ 305 mil; e unidades de três e de quatro quartos, de 87 m2 a 221 m2 e valores que atingem R$ 1 milhão. (EV)

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