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Ser vizinho do trabalho ajuda a fugir do trânsito caótico de SP
DA REPORTAGEM LOCAL
O estresse do trânsito fica do
lado de fora, mas trabalhar em
casa pode significar um expediente de 24 horas.
Foi o que aconteceu com a
decoradora Estela Marquezi,
42, que, ao se tornar autônoma,
dividiu sua casa com o escritório: "Trabalhava de segunda a
segunda. Mesmo tendo duas linhas telefônicas, não resistia ao
ouvir recados de clientes".
A solução foi alojar casa e trabalho em endereços vizinhos.
Há dez anos, ela vai a pé de seu
apartamento, na alameda
Franca, até seu escritório, instalado numa vila na mesma rua.
"Se me sujo numa obra dá
tempo de ir para casa tomar banho e me trocar para uma reunião", conta Marquezi, que só
não conseguiu escapar do trânsito totalmente porque seu trabalho depende de visitas a
clientes e fornecedores.
Essa solução, no entanto, pode exigir concessões. "Como o
metro quadrado na região da
avenida Paulista é caro, tive de
abrir mão de espaço para morar
perto do trabalho", conta a psicóloga Sâmia Simurro, 48.
Outro problema pode ser a
falta de imóveis. A analista de
sistemas Lais Madureira, 39,
mora de aluguel a sete quadras
da empresa onde trabalha, no
Ipiranga (zona sul). Mas só agora conseguiu comprar um imóvel no bairro, que vive boom
imobiliário impulsionado pela
expansão do metrô.
"Queria um apartamento novo, com churrasqueira no terraço", descreve Madureira.
"Nem parece que moro em
São Paulo. Não pego trânsito
para trabalhar, não tenho de
me preocupar com rodízio."
(DF)
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