São Paulo, domingo, 23 de março de 2008

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Ser vizinho do trabalho ajuda a fugir do trânsito caótico de SP

DA REPORTAGEM LOCAL

O estresse do trânsito fica do lado de fora, mas trabalhar em casa pode significar um expediente de 24 horas.
Foi o que aconteceu com a decoradora Estela Marquezi, 42, que, ao se tornar autônoma, dividiu sua casa com o escritório: "Trabalhava de segunda a segunda. Mesmo tendo duas linhas telefônicas, não resistia ao ouvir recados de clientes".
A solução foi alojar casa e trabalho em endereços vizinhos. Há dez anos, ela vai a pé de seu apartamento, na alameda Franca, até seu escritório, instalado numa vila na mesma rua.
"Se me sujo numa obra dá tempo de ir para casa tomar banho e me trocar para uma reunião", conta Marquezi, que só não conseguiu escapar do trânsito totalmente porque seu trabalho depende de visitas a clientes e fornecedores.
Essa solução, no entanto, pode exigir concessões. "Como o metro quadrado na região da avenida Paulista é caro, tive de abrir mão de espaço para morar perto do trabalho", conta a psicóloga Sâmia Simurro, 48.
Outro problema pode ser a falta de imóveis. A analista de sistemas Lais Madureira, 39, mora de aluguel a sete quadras da empresa onde trabalha, no Ipiranga (zona sul). Mas só agora conseguiu comprar um imóvel no bairro, que vive boom imobiliário impulsionado pela expansão do metrô.
"Queria um apartamento novo, com churrasqueira no terraço", descreve Madureira.
"Nem parece que moro em São Paulo. Não pego trânsito para trabalhar, não tenho de me preocupar com rodízio." (DF)

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