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Metro quadrado de novas unidades custa até R$ 6.000
Em regiões como Perdizes e Vila Mariana, apartamentos medem 70 m2
Marcelo Justo - 1º.jul.2009/Folha Imagem
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Na zona leste (na foto, o Belém), foramlançadas 2.510 unidades
de dois-quartos desde janeiro
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Com a alta de lançamentos
de dois dormitórios na Grande
São Paulo, é possível perceber
dois perfis distintos de empreendimentos: os novos oferecidos em regiões mais centrais e os construídos em locais
sem tradição no mercado.
"Há dois tipos de dois-dormitórios. Um é bem compacto,
lançado em bairros emergentes, para pequenas famílias que
precisam de financiamento para comprar o imóvel, cuja metragem é de 55 m2, no máximo",
assinala Celso Amaral, diretor
corporativo da Amaral d'Ávila
e do Geoimovel.
"O outro é para jovens casais,
em bairros já consolidados.
Nessas áreas, o apartamento
pode chegar a 70 m2."
Regiões como Moema, Campo Belo, Paraíso, Vila Mariana
e Vila Clementino, na zona sul;
e Itaim, Perdizes, Pinheiros e
Pacaembu, na zona oeste, foram citadas pelos especialistas
ouvidos pela Folha como locais onde o metro quadrado de
um dois-dormitórios novo pode chegar a R$ 6.000.
Existem também coberturas
de dois dormitórios cuja área
privativa ultrapassa os 100 m2.
"Nesses bairros, além de unidades maiores, os moradores
pedem duas vagas na garagem
e elevadores sociais e de serviço. Há um apelo diferente, com
mais tecnologia", opina Fábio
Romano, diretor de incorporação da construtora Yuny.
A localização dentro do bairro também é importante. "Não
pode ser em qualquer lugar.
Tem que ser perto do metrô e
dos serviços", aponta Feliciano
Giachetta, diretor da FGi Negócios Imobiliários. "Nessas
áreas, compram-se também a
vizinhança e a infraestrutura
oferecida", explica.
Outros bairros
Em locais considerados não
tão nobres, o foco são famílias
que estão saindo do aluguel.
"Esse produto é para a base da
pirâmide. São pessoas que, graças ao crédito facilitado, conseguem comprar seu imóvel",
observa Giachetta.
Mario Tibério, diretor da
construtora Tibério, concorda
com essa visão. "Hoje, uma pequena família compõe uma
renda de R$ 3.500 e pode sair
do aluguel. Também estamos
vendendo para esse público a
facilidade da prestação."
Nesses áreas, a média do metro quadrado varia de R$ 2.400
a R$ 3.000. "Em apartamentos
de perfil supereconômico, nossa metragem vai de 42 m2 a
44m2", especifica Tibério, que
este ano vendeu empreendimentos em Guarulhos, no Parque São Lucas (zona leste) e na
Freguesia do Ó (zona norte).
Nesses prédios, o comum é
haver apenas uma vaga de garagem. "Quem quiser mais
uma poderá comprar. E não há
tanta necessidade de elevadores social e de serviço, desde
que o equipamento sirva bem
aos moradores", diz Tibério.
"Também é possível ter mais
unidades por andar."
(MD)
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