São Paulo, domingo, 23 de agosto de 2009

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Metro quadrado de novas unidades custa até R$ 6.000

Em regiões como Perdizes e Vila Mariana, apartamentos medem 70 m2

Marcelo Justo - 1º.jul.2009/Folha Imagem
Na zona leste (na foto, o Belém), foramlançadas 2.510 unidades
de dois-quartos desde janeiro


COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Com a alta de lançamentos de dois dormitórios na Grande São Paulo, é possível perceber dois perfis distintos de empreendimentos: os novos oferecidos em regiões mais centrais e os construídos em locais sem tradição no mercado.
"Há dois tipos de dois-dormitórios. Um é bem compacto, lançado em bairros emergentes, para pequenas famílias que precisam de financiamento para comprar o imóvel, cuja metragem é de 55 m2, no máximo", assinala Celso Amaral, diretor corporativo da Amaral d'Ávila e do Geoimovel.
"O outro é para jovens casais, em bairros já consolidados. Nessas áreas, o apartamento pode chegar a 70 m2."
Regiões como Moema, Campo Belo, Paraíso, Vila Mariana e Vila Clementino, na zona sul; e Itaim, Perdizes, Pinheiros e Pacaembu, na zona oeste, foram citadas pelos especialistas ouvidos pela Folha como locais onde o metro quadrado de um dois-dormitórios novo pode chegar a R$ 6.000.
Existem também coberturas de dois dormitórios cuja área privativa ultrapassa os 100 m2.
"Nesses bairros, além de unidades maiores, os moradores pedem duas vagas na garagem e elevadores sociais e de serviço. Há um apelo diferente, com mais tecnologia", opina Fábio Romano, diretor de incorporação da construtora Yuny.
A localização dentro do bairro também é importante. "Não pode ser em qualquer lugar. Tem que ser perto do metrô e dos serviços", aponta Feliciano Giachetta, diretor da FGi Negócios Imobiliários. "Nessas áreas, compram-se também a vizinhança e a infraestrutura oferecida", explica.

Outros bairros
Em locais considerados não tão nobres, o foco são famílias que estão saindo do aluguel. "Esse produto é para a base da pirâmide. São pessoas que, graças ao crédito facilitado, conseguem comprar seu imóvel", observa Giachetta.
Mario Tibério, diretor da construtora Tibério, concorda com essa visão. "Hoje, uma pequena família compõe uma renda de R$ 3.500 e pode sair do aluguel. Também estamos vendendo para esse público a facilidade da prestação."
Nesses áreas, a média do metro quadrado varia de R$ 2.400 a R$ 3.000. "Em apartamentos de perfil supereconômico, nossa metragem vai de 42 m2 a 44m2", especifica Tibério, que este ano vendeu empreendimentos em Guarulhos, no Parque São Lucas (zona leste) e na Freguesia do Ó (zona norte).
Nesses prédios, o comum é haver apenas uma vaga de garagem. "Quem quiser mais uma poderá comprar. E não há tanta necessidade de elevadores social e de serviço, desde que o equipamento sirva bem aos moradores", diz Tibério. "Também é possível ter mais unidades por andar." (MD)


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