Manter procedimentos legais em dia é fundamental para boa gestão

Marcelo Justo/Folha Imagem

O síndico Wilson Favieri pretende investir no treinamento dos funcionários de seu condomínio

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Na hora da eleição, muita vontade de mudar normas, dar aquela demão de tinta na fachada do prédio e diminuir o valor do condomínio. Mas, depois de empossado, será possível para o novo síndico cumprir suas promessas de campanha?
Um dos segredos da boa gestão é estabelecer prioridades. Para Alexandre Ximenes, diretor comercial da administradora Itambé, o erro mais comum dos síndicos sem experiência é se concentrar demais em baixar a taxa de condomínio.
"Muitos se esquecem de que bons contratos em geral não são os mais baratos, mas não deixam o prédio na mão", argumenta Ximenes.
"Administrar bem o condomínio é se cercar de profissionais que ofereçam bons serviços -e não ver apenas o custo."
Ficar de olho vivo nos procedimentos legais é outra tarefa fundamental -e que nem sempre aparece nos discursos de campanha eleitoral.
O vice-presidente do Secovi-SP (sindicato das administradoras) Hubert Gebara alerta para a vigência de contratos importantes, como a apólice de seguro contra incêndio. "O condomínio não pode ficar um dia sem ele", avisa.
"Contratos de manutenção de elevador e de itens como para-raio e extintores também devem ser observados", aconselha Gebara.
Síndico recém-empossado, Wilson Favieri, engenheiro, acha que o maior desafio da sua gestão não será lidar com tantos papéis, e sim com os recursos humanos do condomínio: "Para melhorar a qualidade de vida no prédio é necessário gerir melhor as pessoas".
Para tanto, Favieri aposta em melhorar o treinamento dos funcionários do prédio.

Impeachment
Se, na maioria das vezes, o síndico trabalha pelo bem comum, é possível destituí-lo do cargo quando erra sempre ao administrar o condomínio.
"Para tanto, é preciso que 25% das unidades convoquem uma assembleia pedindo a destituição", explica Gabriel de Souza Filho, da administradora Prop Starter.
"Para ser aprovada, basta que dois terços dos presentes assinem o pedido", dimensiona.
Filho diz que o síndico também pode se demitir do cargo. "Ele pode pedir para sair a qualquer momento", afirma.
(MARIANA DESIMONE)


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