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A FUGA DAS GOTINHAS
Aparelhos ultra-sônicos ou de gás hélio são precisos
Arsenal e teste caseiro revelam furo
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A dona-de-casa Iraci Piscinato,
moradora da Água Fria (zona
norte), assustou-se ao ler R$ 850
no boleto da Sabesp. "O meu consumo de água era de R$ 30 por
mês e suspeitei de vazamentos,
pois tinha reformado as tubulações havia pouco tempo."
Piscinato acionou uma empresa
que dizia ter aparelhagem de detecção, mas os técnicos chegaram
"de mãos abanando".
"Desconfiei do serviço e chamei
outra, que descobriu uma ligação
incorreta dos canos", conta, aliviada mesmo tendo pago a mais
para o problema "pedir água".
Para não entrar ainda mais pelo
cano, quem enfrenta vazamento
precisa verificar a qualificação da
empresa que vai chamar.
"Muitas dizem ter equipamentos, mas causam quebradeira no
lugar errado", alerta o técnico em
hidráulica Leo Caprara, 43.
Uma medida do poder de fogo
da "caça-vazamentos" são suas
armas para a batalha. Na linha de
frente, o geofone mecânico atua
como estetoscópio: o barulho
mais alto (como pipoca estourando) indica o local do vazamento.
Segundo o professor Edivaldo
Ferreira da Silva, 39, do curso de
hidráulica do Senai-SP (Serviço
Nacional de Aprendizagem Industrial), vazamentos mais distantes da superfície pedem geofone eletrônico, que amplifica sons.
Receita caseira
Às vezes nem ele é suficiente.
Caprara, que trabalha para empresas como Soluções Hidráulicas e Sóhidrômetro, lembra que,
"para vazamento a 6 m de profundidade, sob laje de 20 cm de
espessura", é preciso munição pesada -ou mais leve que o ar, no
caso: injetar gás hélio nos canos.
Antes de chamar um profissional, vale lançar mão de "receitas
caseiras" para achar o problema,
como jogar cinza de cigarro no
vaso sanitário -a água que vaza a
leva para a saída de esgoto.
(GG)
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