São Paulo, domingo, 28 de novembro de 2010

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Carro vira base para controlar entrada

Prédios adotam táticas como software que grava dados do veículo e botão de pânico para alertar segurança

Esquema de segurança também deve prever proteção da guarita para evitar que porteiro seja rendido em assalto

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Para evitar invasões, alguns condomínios paulistanos começam a adotar sistemas que controlam o acesso de veículos e de pessoas à área da garagem.
Segundo a Abese (Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança), a entrada dos carros deve ser monitorada constantemente.
"Clausuras com portões, proibição do trânsito de pedestres nessa área, veículos que utilizam dispositivos que se comunicam com a guarita e criação de regulamento interno podem evitar as invasões", diz a presidente da Abese, Selma Migliori.
A síndica do condomínio Residencial Eucaliptos, no Sacomã (zona sul), Márcia Alessandra de Oliveira, 37, adotou um software chamado Sicove (Sistema de Controle Veicular), desenvolvido pelo Grupo Natzar.
O sistema guarda informações sobre as características dos veículos -como ano de fabricação e cor-, quantidade de vagas da garagem e horários de entrada e saída dos usuários, explica Luciana Ramos, diretora administrativa do Grupo Natzar (www.gruponatzar.com.br).
"Pessoas e veículos que não estejam cadastrados não podem entrar. Está ajudando bastante o porteiro e os moradores", comenta Oliveira.

BOTÃO DE PÂNICO
Outra tática adotada é o botão de pânico no carro. Oferecido pela Siemens (www.siemens.com.br), ele emite um alerta para todos os apartamentos, para a portaria e para uma central de monitoramento quando é acionado pelo motorista.
Migliori, da Abese, comenta que o controle remoto também pode chamar socorro. "Existem dois tipos de controle. O comum, que não traz muita segurança, e o que tem dispositivos específicos para cada condomínio e envia alertas", esclarece.
Mas nem sempre basta apenas controlar o portão. No edifício Tibiriçá, na Vila Ré (zona leste), todos os moradores têm controle remoto para abrir o portão, mas não há câmeras nem outros dispositivos de segurança.
"Em 2008, entraram pela garagem do condomínio e não houve nenhuma medida. No início deste ano, entraram novamente, levaram a bicicleta do meu filho e acessórios de alguns carros. Acho que as câmeras intimidariam os invasores", conta a moradora Sonia Veiga, 54.

OLHO NA CÂMERA
Parte do monitoramento remoto, as câmeras podem ser instaladas longe da guarita para que o porteiro identifique motoristas antes de o veículo ter acesso ao prédio -perto da guarita e dentro da garagem, por exemplo.
Para evitar que o porteiro seja rendido por assaltantes, a guarita do condomínio deve ser blindada.
Essa medida serve também para proteger o equipamento que capta e grava imagens do prédio. (CP)


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