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Tragédia familiar fez Castelinho virar lenda no centro de SP
DA REPORTAGEM LOCAL
Esculturas da cidade ainda
carregam coletes salva-vidas
exigindo atenção -trata-se de
instalações do artista plástico
Eduardo Srur. Mas não são os
únicos monumentos paulistanos legados ao esquecimento.
Na esquina com a avenida
São João, na rua Apa, 236, fica
um castelinho. Construído em
1912, sua história faz parte das
lendas urbanas da cidade.
No dia 13 de maio de 1937,
Maria Cândida Guimarães dos
Reis e seus dois filhos, Armando César dos Reis e Álvaro dos
Reis, foram encontrados mortos a tiros. Supõe-se que um
dos irmãos tenha tentado matar o outro e atingido a mãe,
que interviera. Percebendo tê-la atingido, teria se suicidado.
Após a tragédia, o bem ficou
sem herdeiros e foi passado à
União. Hoje é de propriedade
do Ministério da Economia.
Tombado desde 2004, atualmente abriga o Clube das Mães
do Brasil, que não tem condições de restaurar o edifício que
por décadas ficou abandonado
pelo governo federal.
"Imóveis abandonados que
acabam em ruínas geralmente
ou são parte de espólio [patrimônio a ser partilhado entre
herdeiros] ou são bens públicos", comenta Jorge Rubies,
presidente da Preserva SP.
Há pouco mais de um mês, a
associação teve uma vitória na
luta pela preservação do Castelinho: após uma ação civil pública, a União deve elaborar
projeto estrutural e eliminar o
risco de desabamento do imóvel, além de fazer um projeto de
restauração e conservação.
A ação tramita na 11ª Vara Cível Federal e no Tribunal Regional Federal da 3ª Região.
(CC)
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