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Casa no bolso
Incorporadoras apostam em lançamento na faixa de R$ 100 mil; comprador tem renda mensal de R$ 4.000 e não paga à vista
GIOVANNY GEROLLA
DA REPORTAGEM LOCAL
Quem quer comprar um
imóvel na faixa dos R$ 100 mil
não precisa se restringir aos
usados, desde que não se importe de morar em bairros mais
distantes da região central.
Desde 2002, São Paulo teve
415 lançamentos imobiliários
de "valor módico" -apartamentos de vários tamanhos
(veja quadro) com preços a partir de R$ 52 mil, segundo estudo da Amaral d'Avila Engenharia de Avaliações para a Folha.
Mas a maioria fica em bairros periféricos (leia à pág. 2). "A
tendência é que essa oferta
cresça, pois a demanda é real",
diagnostica Rafael Rossi, 27,
gerente de marketing institucional da Rossi Residencial.
Se, na "linha de produção",
os incorporadores têm se preocupado mais com faixas de preços menores, na outra ponta, os
bancos oferecem taxas menores para imóveis mais baratos.
"Quem comprova renda de
R$ 3.901 pode financiar R$ 100
mil em 240 meses, com taxa de
juros anuais de 10,16% mais
TR", afirma Luiz Carlos Previlato, gerente regional da CEF
(Caixa Econômica Federal).
Os bancos privados acenam
com 8% anuais e correção pela
TR, quando o imóvel pretendido está na casa de R$ 40 mil a
R$ 150 mil. Mas, do quarto ano
do financiamento em diante, a
taxa sobe para 11% ou 12%.
Uma vantagem para quem
tem renda, mas não contracheque, são facilidades na aprovação de crédito. Podem-se comprovar ganhos, por exemplo,
com movimentação bancária.
Classe média
O perfil de quem compra um
imóvel de até R$ 130 mil "é o de
uma classe média que ganha
de R$ 3.000 a R$ 5.000 por mês
e não tem dinheiro para pagar à
vista", caracteriza Rossi.
Ele explica que seus clientes
costumam financiar quase o
valor integral do imóvel, utilizando o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
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