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Estilo segue atual, diz o "criador"
DA REPORTAGEM LOCAL
O arquiteto e construtor Adolpho Lindenberg discorda de que o
neoclássico seja uma opção conservadora e econômica.
"Em cidades como Nova York
(EUA), há uma retomada de elementos clássicos. Acredito que,
no futuro, haverá uma mescla",
diz ele, que é considerado o "pai"
do neoclássico paulistano.
Para Lindenberg, a disseminação do neoclássico na cidade fez
surgir empreendimentos que não
respeitam todas as suas características. "É um estilo que, se não
for bem feito, fica muito ruim. A
principal atenção tem de ser dada
à harmonia dos elementos. O pé-direito (distância do teto ao chão)
também tem der ser alto."
Lindenberg afirma que já foi
muito perseguido por professores
universitários de arquitetura por
defender o estilo. "Até os meus estagiários chegavam no escritório
um pouco antipáticos."
O primeiro neoclássico que
construiu foi na década de 60. Foi
o edifício Dom João 5º, em Higienópolis (zona central). Depois,
vieram, na sequência, Fábio Prado, Golden Gate, Quinta da Boa
Vista e Campos Elíseos -este, já
nos anos 70, é um dos mais conhecidos e valorizados.
O Lindenberg Panamby, no
Morumbi (zona sudoeste), foi um
dos últimos. "Nesse, fizemos algo
mais estilizado, porque o bairro é
moderno", explica.
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