|
Texto Anterior | Índice
Ana Ottoni/Folha Imagem
|
Tom Zé em sua casa, nas Perdizes, onde mora desde 1971 |
Tom Zé elogia a vizinhança
free-lance para a Folha
Quando o cantor e compositor Tom Zé se mudou para as Perdizes (zona noroeste), em 1971, a conturbada avenida Sumaré ainda não existia, e a rua Homem de Mello não era dominada pelo tráfego de veículos de hoje.
"O movimento era tão fraco que nós jogávamos futebol no meio da rua", diz.
Segundo o cantor, o melhor das Perdizes está na convivência com os vizinhos, na relação entre as pessoas. Para aproveitar o máximo desse "clima de interior", ele faz questão de conhecer todo mundo.
"Conheço desde o dono da farmácia até os moleques da rua. Sei quem muda de endereço, quem chega, quem sai, quem morre. E sei disso pelo simples fato de circular."
Entre os vizinhos, Tom Zé é conhecido também como jardineiro, porque, mesmo tendo trocado de endereço, cuida até hoje do jardim do edifício onde morava. Ganha R$ 150 mensais pelo trabalho.
"Cuido do jardim porque nasci morando na terra. Um dia eu me disse: "Meu Deus, eu preciso trabalhar na roça." Aí apareceu o trabalho do jardim, que eu faço com muito prazer até hoje."
Texto Anterior: Por dentro do distrito: Perdizes cede campo de pássaros ao trânsito Índice
|