France Presse

Micro de mão mostra imagem obtida com a PalmPix, nova câmera digital da Kodak

do enviado especial a Hannover

Os números são de encher as medidas. Com seus mais de 400 mil metros quadrados de área de exposição, a CeBIT é cerca de três vezes maior que a já exuberante Comdex de Las Vegas, bem mais conhecida do público brasileiro.
A área é ocupada por mais de 7.000 expositores, de todos os portes e de todas as áreas envolvidas com informática e telecomunicações. São cinco pavilhões dedicados a empresas de software, consultoria e serviços. Outros sete abrigam empresas de telecomunicações, que são as principais estrelas do evento, apesar da presença de gigantes da informática como IBM, Compaq e Microsoft.
De modo geral, é uma feira voltada para o mundo corporativo, mas o que atrai a multidão -mais de 700 mil visitantes, praticamente dobrando a população da cidade- são os produtos voltados para o usuário final.
A Sharp apresentou uma câmera de vídeo digital padrão MPEG 4, que significa que ela grava um vídeo de cinco minutos em 3 Mbytes, contra 10 Mbytes usados pela geração anterior.
Com um cartão de memória de 64 Mbytes, pode fazer um vídeo de quase duas horas ou arquivar mil fotos ou gravar quatro horas de conversação. Vai chegar à Europa no próximo trimestre, custando o equivalente a R$ 1.900.
Ainda no terreno da imagem digital, as chamadas câmeras Megapixel, que usam milhões de pontos para formar a imagem, atingem um novo patamar, superando 3 Megapixels, como um modelo Camedia da Olympus.
A Kodak, por sua vez, mostrou um pacote que é um verdadeiro estúdio fotográfico doméstico, combinando a câmera digital DC215 e a impressora jato de tinta da Lexmark. Os dois aparelhos se comunicam diretamente e dispensam o monitoramento do PC.
Os PCs, por sinal, ficaram meio esquecidos nesse mundo de novidades. Afinal, seguem quase o mesmo padrão, e a inovação fica por conta das velocidades cada vez mais alucinadas.
A Compaq tinha lá suas linhas de computadores para corporações e os domésticos, além do recém-lançado iPac (micrinho aliviado de tudo o que é excessivo, voltado para uso em rede), e mostrava também um produto que ainda está em fase de testes e tem só o nome-código Clipper.
É um aparelhinho de mesa para navegar na Internet, fazendo o que se faz na rede (e-mail, transações etc.). A empresa não adianta informações técnicas nem preço e espera lançar o produto no mercado americano ainda neste ano.
(RODOLFO LUCENA)