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Reportagem de capa
Programas facilitam a vida de editores
EXPERIÊNCIA - Final Cut e Premiere estão entre os softs mais usados pelos profissionais, que ressaltam o caráter intuitivo
DA REPORTAGEM LOCAL
Profissionais das áreas de cinema e vídeo revelam como começaram suas carreiras e que
programas de edição costumam usar. A Folha conversou
com três deles.
Eliza Capai trabalha como
free-lancer e edita conteúdos
variados para TVs e documentários. "Comecei com o Adobe
Premiere. Hoje em dia uso Final Cut", diz. "A cada dia os
programas ficam mais simples.
Mesmo os profissionais vão ficando mais intuitivos. A molecada que começa hoje tem
acesso muito mais rapidamente a programas que resolvem a
edição e a formatos de gravação
mais simples."
De março a setembro do ano
passado, Eliza viajou do Panamá a Nova York realizando
uma série sobre a América
Central. "Em uma mochila de
seis quilos, eu tinha o equivalente a uma produtora. Editava
o material de onde estivesse e
enviava por FTP para as emissoras de TV", diz.
"O que eu achava mais fantástico era que ia para as cidades, produzia e gravava e, na
hora de editar, escolhia o lugar
mais bonito e sentava lá. Já editei na base de um vulcão na Nicarágua. Abria o laptop, só precisava de energia elétrica e começava meu trabalho", afirma.
O resultado da viagem você
confere em www.tal.tv/central-artes.asp.
Daniel Guarda começou a
trabalhar com vídeos em 2001,
por conta de um trabalho da faculdade de comunicação audiovisual. Um amigo dele tinha
um computador G3, da Apple,
com o iMovie, software de edição de vídeo, instalado.
"Foi bom porque aprendi alguns termos técnicos e alguns
macetes de linguagem, em casa
mesmo, de uma forma divertida e interessante. Isso me ajudou a, mais adiante, ter facilidade para entender o funcionamento de softwares profissionais."
Depois de formado, Guarda
passou a mexer no Final Cut.
Em casa, usa a versão Pro. Na
produtora em que trabalha, usa
o Avid Express. "Ambos têm
seus pontos positivos e negativos. O Final tem um layout
mais bonito e agradável, além
de ter uma linha do tempo
mais flexível para manipulação. Já o Avid tem um sistema
de aplicação de fade e outros
efeitos muito mais práticos,
além de permitir tratar as cores
da imagem quase como em um
programa de finalização."
Experimentos
Daniel Augusto, diretor de cinema e televisão, costuma usar
o Final Cut em trabalhos autorais. "É [um programa] simples
e eficaz. Qualquer um pode
operá-lo. Os programas evoluíram muito. Antes você gastava
horas para fazer pouco. Agora
tudo é rápido", afirma. "A questão mais complexa para quem
deseja operar é saber as linguagens do cinema e da televisão."
Augusto dispensou editor em
seu curta "She's Lost Control".
"É um trabalho que eu escrevi,
assumi a direção e tive minha
esposa como atriz principal. É,
portanto, um trabalho autoral.
Assim, não fazia sentido outra
pessoa editar: eu mesmo editei,
sozinho."
(DANIELA ARRAIS)
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