|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Projeto Tor permite navegação anônima
DA ENVIADA ESPECIAL
Em uma rua pacata em Porto Alegre, um pequeno restaurante vegetariano armazena um servidor que é capaz de
embaralhar endereços de IP
-conjunto de números que
identifica cada dispositivo ligado à internet.
Um dos donos do restaurante, que reúne livros, pôsteres e postais sobre cultura livre, juntou-se ao projeto Tor
(www.torproject.org), que
tem como objetivo proteger
usuários contra a análise de
tráfego, uma forma de vigilância na internet.
Jacob Appelbaum, hacker
de segurança na computação
e um dos responsáveis pelo
projeto, afirma que existem
16 servidores do Tor no Brasil. Por meio deles, um usuário de internet da China, por
exemplo, consegue navegar
anonimamente, driblando as
restrições do governo.
"Defendemos a liberdade, a
privacidade. O Tor protege
usuários de internet distribuindo suas comunicações ao
longo de uma rede feita por
voluntários", disse à Folha.
O Tor ajuda a acessar sites e
mensageiros instantâneos
que são bloqueados por provedores locais de internet.
Os serviços escondidos, como são denominados, permitem que alguém atualize
blogs ou sites sem necessidade de revelar sua localização.
Na última sexta-feira, no
tal restaurante vegetariano,
Appelbaum, Peter Sunde, do
Pirate Bay, Elizabeth Stark,
advogada especializada em
cultura livre, e Seth Schoen,
tecnologista da Electronic
Frontier Foundation, entre
outros, falaram sobre liberdade na internet -e, claro, sobre amenidades.
Na hora do brinde, com sucos e cervejas artesanais, todos ergueram os copos e exaltaram, em coro, sua filosofia:
"À pirataria!"
(DA)
RECORDE
A décima edição do Fisl
contou com 8.232 participantes de todos os Estados
brasileiros e de 27 países, segundo a organização do
evento. A maior parte dos
participantes foi de homens
(62%). Mulheres foram 11%;
não identificados, 27%.
SEM CONEXÃO
Um dos pontos criticados
do evento foi a instabilidade
da conexão Wi-Fi. Nos estandes era possível navegar.
Em algumas salas, o sinal era
fraco ou inexistente.
Texto Anterior: RapidShare é multado na Alemanha Próximo Texto: Presidente no Fisl: "Lei Azeredo quer fazer censura" Índice
|