São Paulo, Quarta-feira, 01 de Dezembro de 1999


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E-books ainda estão longe do sucesso

das agências internacionais

Cerca de um ano depois que os primeiros dois livros eletrônicos chegaram ao mercado, as vendas continuam lentas. É difícil encontrar capital e os potenciais concorrentes estão abandonando o mercado.
"As empresas de equipamentos eletrônicos para leitura agora avaliam que esse mercado vai demorar algum tempo para acontecer", diz Glenn Sanders, fundador do eBookNet.com, site com informações sobre livros eletrônicos.
Os e-books têm tamanho mais ou menos semelhante ao de um livro regular, mas podem oferecer o conteúdo de mais de dez livros comuns, revistas ou jornais ao mesmo tempo. Novos textos podem ser obtidos por download, e as reportagens e textos lidos podem ser anotados. Além disso, o equipamento oferece recursos de busca de palavras e frases. Para trocar de página, basta apertar um botão.
Pelo menos 12 companhias tentaram trazer alguma forma de livro eletrônico ao mercado nos últimos anos. Apenas duas delas conseguiram: a NuvoMedia, com o Rocket eBook (agora à venda por US$ 349), e a SoftBook, que lançou e-book homônimo por US$ 599.
Ambas as empresas divulgam os resultados de suas operações, mas as estimativas são de que apenas poucos milhares de aparelhos tenham sido vendidos até agora.
Não é que as pessoas não queiram ler. As vendas de livros convencionais nos Estados Unidos aumentaram 6,4%, ou seja, para US$ 23 bilhões em 1998, de acordo com a Associação Norte-Americana de Editoras.
"Trata-se de um setor novo, que está demorando algum tempo para ser amplamente aceito", diz Sanders. "Vai dar certo, mas pode demorar quatro ou cinco anos."
O maior desafio, concordam os fabricantes de livros eletrônicos, é conseguir que as editoras convertam grande número de livros aos seus formatos.
Apenas cerca de mil títulos -na maioria os antigos clássicos- estão disponíveis em formato adequado aos e-books, o que fica bem abaixo dos 45 mil novos livros lançados em papel apenas no ano passado.


Tradução de Paulo Migliacci.


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