RODOLFO LUCENA
enviado especial a San José

A Intel prepara suas armas para tentar manter os micreiros dispostos a continuar atualizando suas máquinas a cada ano e meio.
Agora, ela anuncia o que diz ser a nova etapa da computação: o PC visual, depois do PC multimídia e do atual PC plugado.
O PC visual, equipado com processador rapidíssimo e outros recursos para aumentar o desempenho, vai permitir o uso de programas gráficos com imagens tridimensionais de altíssima qualidade, estáticas e em movimento.
Para isso, diz a Intel, o micro terá sua capacidade de manipulação de imagens em 3D multiplicada por dez nos próximos três anos.
As bases desse desempenho -por preços para o mercado de massa, de US$ 1.500 a US$ 2.500 nos EUA- foram apresentadas em evento promovido pela empresa na semana passada, em San José (Califórnia, EUA).
Tráfego de dados
A base é o PentiumII, a nova geração de processadores que deve chegar nos próximos meses, com desempenho muito superior aos atuais -mais de seis vezes a performance dos primeiros Pentium.
A memória também fica mais rápida.
E a velocidade do tráfego de dados do processador para as placas gráficas será multiplicada por quase dez com a tecnologia AGP, que liga o chip diretamente aos sistemas gráficos.

Acordos tecnológicos
A Intel abre seus olhos para além dos chips. Exatamente para tentar manter a venda dos processadores para a indústria de computadores, a empresa faz acordos procurando garantir que vão chegar ao mercado programas e produtos atraentes, que utilizem as futuras capacidades dos micros.
Está dentro desse quadro, por exemplo, o anúncio da parceria com a tradicional empresa de sistemas de vídeo digital Avid.
A Intel está investindo US$ 14,75 milhões na empresa, que vai desenvolver programas para criação de aplicações gráficas baseados na arquitetura Intel. Também foi anunciada uma parceria com a Kodak para desenvolver um padrão para fotografia digital.