MICHELE SILVA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Esconder vírus como se eles fossem mensagens enviadas por amigos em serviços como o Orkut e o MSN é a arma da vez para golpistas da rede.
A popularidade do Orkut se tornou uma ferramenta para a disseminação viral de práticas maliciosas.
A cada dia são criados novos disfarces. São mensagens como "veja as fotos da nossa festa" ou imagens que imitam vídeos do YouTube (como a "Tropa de Elite Gaúcha" e a "Dança do Créu").
A curiosidade por esse conteúdo ou o descuido levam a vítima direto ao golpe. Ao clicar sobre o link infectado, o usuário é direcionado a uma página na qual deve digitar seu login e senha. É a chave que abre as portas do seu perfil ou do comunicador para os hackers.
Normalmente, o vírus invade sua lista de contatos e envia spams para seus amigos.
O estrago cresce em progressão geométrica. Se um usuário tiver 200 amigos na sua página do Orkut, todos receberão a mensagem. Quem cair na armadilha espalhará o código malicioso para outras centenas de contatos.
No próprio Orkut, comunidades reúnem vítimas e pedidos de ajuda. Uma das maiores, "O Orkut deveria ter antivírus", tem cerca de 10 mil membros. Nela, usuários contam sobre as ameaças que invadem a rede, como um suposto vídeo sobre as investigações da morte da menina Isabella Nardoni.
Outra comunidade, a "Combate a vírus do MSN e Orkut", cita o link "mude a cor do Orkut" como uma porta de entrada para a contaminação.

Defenda-se
A orientação mais básica é que não se clique em nenhuma mensagem que redirecione para outras páginas, independentemente do apelo ou da promessa contida nela.
As atualizações do Orkut são anunciadas pelos próprios programas em forma de alertas na página inicial, e não por scraps, e-mails ou outras formas de mensagem.


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