Campus Party é marcada por debates sobre política; Lessig afirma que Brasil é líder em direito autoral eMitnick ensina campuseiros a dizer "não"

AMANDA DEMETRIO
DA REPORTAGEM LOCAL
ALEXANDRE ORRICO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A edição de 2010 da Campus Party, que terminou no último domingo, foi marcada pelo debate sobre política digital. Em ano eleitoral, passaram pelo Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo, possíveis candidatas à Presidência, como Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV).
Um caso de sucesso comentado na arena foi o da campanha digital de Barack Obama. Scott Goodstein, um dos assessores de Obama durante a corrida eleitoral, frisou dois aspectos que contribuíram para o sucesso do seu trabalho: o experimentalismo no uso das redes sociais e a importância da colaboração dos eleitores simpatizantes de Obama.
O uso das redes foi considerado "experimental" porque eles usaram várias plataformas sem saber se ia dar certo. Um exemplo disso foi o Twitter, que, no início da campanha, ainda não havia explodido. "Algumas coisas dão certo, outras não. É preciso experimentar", afirmou Goodstein. E ele lançou um alerta: "Provavelmente as ferramentas da próxima eleição serão outras -as coisas hoje mudam muito rápido."
Sobre a colaboração de simpatizantes, Scott comentou que "o vídeo mais visto de apoio a Obama não foi feito pelo pessoal da campanha".
Como preparação para o que deve ocorrer no Brasil nos próximos meses, falou-se sobre o Civic Hacking (bit.ly/civichacking), o uso estratégico da internet para que o cidadão possa participar mais ativamente da política brasileira.
Um dos casos citados foi o do "clone" do Blog do Planalto. A cópia trazia o mesmo material do espaço original, mas abria espaço para comentários. "De repente, pessoas do governo federal estavam fazendo reuniões e discutindo sobre o que tínhamos feito em 20 minutos", comentou Pedro Markun, que participou da ação.
Veja mais sobre a passagem das possíveis candidatas à presidência em www.folha.com.br/circuitointegrado.


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