ANA PAULA DE OLIVEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Em 2006, 63% das câmeras fotográficas vendidas em todo o mundo serão digitais, um grande aumento em relação à porcentagem registrada em 2001 (21%). É o que aponta pesquisa da InfoTrends (www.infotrends-rgi.com).
A facilidade de tirar fotos com visor de cristal líquido (LCD), mandá-las por e-mail e imprimi-las em casa vem conquistando cada vez mais adeptos. Para explorar melhor os recursos de uma câmera digital, a Folha consultou alguns dos maiores nomes da fotografia do Brasil, que fazem um zoom nas alternativas do mercado e jogam luz sobre qual das escolhas é a melhor para o leigo.
Antes de embarcar nessa febre e engrossar as estatísticas do aumento da fotografia digital, é preciso cautela na escolha da câmera. Em Digital Photography Review (www.dpreview.com), o internauta pode colher informações sobre todos os modelos existentes no mercado e comparar preços.
Apesar de custar de três a quatro vezes mais do que a câmera convencional, as facilidades das digitais justificam perfeitamente a febre da imagem gerada por pixels: a compra, a longo prazo, paga os rolos de filmes e sua revelação. Não estão incluídos os preços do micro e do uso da internet.
Em www.americanas.com.br, uma Canon digital, a Power Shot A200 com 2 Mpixels, custa R$ 1.197. No mesmo endereço, a convencional Canon AF-9 sai por R$ 349,90.
Os leigos em fotografia amadora digital encontram um rápido curso em www.shortcourses.com, além de um guia de diferentes modelos, cada um destinado a uma finalidade. Em português, www.ecofotos.com.br/FotoDicas/dica_4.htm traz dicas sobre uso e impressão de imagens.
Depois de fotógrafo e câmera digital se entenderem, é hora de partir para o processo de transferência da imagem para o PC e utilizar os recursos disponíveis em programas de manipulação fotográfica. Os sites www.imaging-resource.com e www.image-acquire.com, ambos em inglês, têm um guia completo sobre o tratamento de imagens.

Resistência
Na contramão do crescimento da imagem gerada por pixels, existem aqueles que resistem em se separar do tradicional rolo de filme e afirmam que, profissionalmente, a câmera digital tem qualidade inferior à convencional.
"Quem precisa de rapidez usa a digital. Já para quem trabalha com detalhes, é preferível o equipamento profissional", afirma o fotógrafo Klaus Mitteldorf. Famoso por clicar beldades nuas, J.R. Duran, que não abre mão do método tradicional, dá a dica: "O importante é que a câmera se ajuste à mão do fotógrafo de uma maneira confortável e confiável".


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