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Pedágio na internet
Novas leis nos EUA poderão permitir que provedor filtre conteúdo e cobre mais caro para usuário acessar voz e vídeo on-line
JULIANO BARRETO
DA REPORTAGEM LOCAL
A notícia fez tremer as bases
de empresas como Google e
Microsoft: uma emenda em um
projeto de lei que trará mudanças nas regras seguidas pelas
empresas de telecomunicação
nos EUA não foi aprovada. Com
a rejeição, os provedores de
acesso à internet via cabo deram um importante passo para
entrar nos mercados de TV e de
serviços via rede, podendo até
filtrar quais os tipos de dados
que poderão ser recebidos e enviados pelos computadores.
Na prática, ferramentas populares, como Skype
(www.skype.com), podem ter
a velocidade limitada para beneficiar o serviço de uma empresa parceira do provedor.
Outra ameaça são os provedores cobrarem mais caro para os
usuários que desejam ter mais
velocidade nos serviços de voz
e de vídeo on-line. No lugar de
exigir mensalidades mais caras
de acordo com a velocidade de
conexão, as empresas poderão
dividir seus planos de acordo
com o tipo de dados que os
usuários trocam pela rede.
A emenda rejeitada exigia
que a nova lei trouxesse regras
que garantissem a neutralidade da internet, ou seja, qualquer informação trocada entre
os micros, como voz, vídeo ou
texto, tivesse tratamento igual.
A decisão final ainda não foi
tomada, mas a discussão nunca
foi tão intensa. De um lado da
disputa estão os portais, que
precisariam gastar mais para
garantir a qualidade de seus
serviços e sofreriam grande
concorrência dos provedores.
Do outro, ficam alguns gigantes
das telecomunicações, que teriam o controle dos canais por
onde transitam informações de
voz, de texto e de vídeo. No
meio de tudo isso, os internautas do mundo todo, que, direta
ou indiretamente, devem sentir no bolso os reflexos das mudanças que estão por vir.
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