São Paulo, quarta-feira, 05 de outubro de 2005

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Aparelhos aceitam diferentes formatos de arquivos de som

DA REPORTAGEM LOCAL

Antes de comprar o seu tocador portátil, verifique quais os formatos de arquivo de áudio que ele é capaz de reproduzir.
Um dos mais populares é o MP3, cuja principal vantagem é tornar os arquivos de música mais compactos, o que acabou facilitando seu tráfego pela internet, principalmente em redes de troca de arquivos.
Outros formatos foram criados com o tempo. Boa parte deles acabou escolhida como padrão por algum fabricante de programas de música ou de tocadores interessado em restringir os tipos de arquivo compatíveis com seus produtos.
A Microsoft criou o WMA e o WAV -este, em parceria com a IBM. Ambos são compatíveis com os tocadores da Creative, por exemplo. A Apple escolheu o AAC como padrão, enquanto a Sony ficou com o Atrac3. Como todos os tocadores também reproduzem MP3, convencionou-se chamá-los todos de toca-MP3.

Qualidade
O MP3 diminui em até 90% o tamanho de um arquivo de áudio sem perda substancial da qualidade, que é medida em kilobits por segundo (kbps), sendo 128 kbps a qualidade padrão e que equivale à qualidade de CD.
Embora a qualidade do MP3 seja bastante aceita pelo público em geral, pode desapontar os ouvidos mais treinados, como os do cantor Lulu Santos. "Jamais "dowloadeei" MP3. A compressão exigida pelo formato é violenta e a qualidade é de quinta categoria", diz o cantor, dono de um iPod de 40 Gbytes, adquirido pela vantagem de poder ser usado em suas viagens de avião. "Agora ele está meio parado, empoeirado, pois acabou sendo substituído por um aparelho de DVD portátil", conta Lulu.

Abastecendo
O tipo de formato que o tocador suporta interfere nas fontes musicais que o usuário poderá buscar para abastecê-lo de canções.
Uma delas são as lojas on-line, onde são vendidas canções pela internet em MP3 e em formatos que costumam obedecer ao padrão adotado pela marca do site (na loja iTunes, da Apple, são vendidas canções AAC, por exemplo). Outra opção é converter sua coleção de CDs em arquivos digitais. Para isso, é necessário dispor de um programa gerenciador de músicas -item incluso na compra de vários modelos tocadores e que também auxilia na transferência de canções para o aparelhinho. Além do MP3, o programa também poderá converter as músicas para os formatos usados como padrão.
Uma vez que o usuário disponha de canções armazenadas no micro, é hora de transferi-las para o portátil. Verifique qual o tipo de conexão aceita pelo tocador. As mais velozes são Firewire e USB 2.0 -mais comum entre a maioria dos modelos. Conecte o cabo e aguarde até que os arquivos sejam transferidos, o que pode levar alguns minutos.
Dependendo do modelo, o usuário poderá ouvir aleatoriamente ou configurar sua lista de músicas. A organização costuma ser feita por categorias como artista, gênero e nome da canção.

Duração
Seu portátil pode ter capacidade para estocar dezenas de horas de música, mas isso pouco adiantará se a bateria não acompanhar esse ritmo. Procure saber qual o número de horas de reprodução suportado pela bateria e fique atento ao tipo de formato ao qual esse período se refere. Alguns fabricantes indicam que suas baterias suportam longos períodos, porém em formatos com baixa qualidade de áudio (abaixo dos 128 Kbps tidos como padrão).
Os modelos já vêm com carregadores e o abastecimento pode ser feito por USB, por pilha ou até por energia elétrica, embora a alimentação via USB seja a mais comum. Porém nesse caso, em uma viagem em que não houver um micro disponível, corre-se o risco de ficar sem bateria.
Dependendo do aparelho, uma recarga pode garantir cerca de dez horas de reprodução, período bastante aceitável para um aparelho portátil.
Também é possível encontrar modelos a pilha, mas eles costumam ser mais pesados e trazem o incômodo de, para se precaver, o usuário ter de dispor de um pacote de pilhas novas. (MB)


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