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TECNOLOGIA
Competição é promovida por agência do Pentágono, que incentiva o desenvolvimento de veículos autônomos
Robôs se enfrentam em corrida no deserto
ALICIA CHANG
ASSOCIATED PRESS
O Pentágono procura espécime
forte que viva em ambientes abertos. Deve ser inteligente e, acima
de tudo, saber se movimentar sozinho. Quando 20 desajeitados
veículos robóticos se encontrarem no próximo sábado em uma
corrida no deserto de Nevada, o
carro vencedor (se algum deles
completar a prova) será uma mistura das mais recentes e impressionantes novidades tecnológicas.
As Forças Armadas patrocinam
a corrida, chamada de Grande
Desafio (www.darpa.mil/grandchallenge), com o objetivo de acelerar o desenvolvimento de veículos não-tripulados para uso militar. Mas o projeto não teve um começo muito promissor: a primeira corrida, no ano passado, terminou logo após a partida, quando
os robôs começaram a errar o
percurso ou simplesmente parar.
Adicione 18 meses e dobre o
prêmio para US$ 2 milhões.
Novas equipes juntaram-se às
do ano passado, gerando uma
grande mistura de mecânicos
amadores, acadêmicos e corporações. Todos esperam que suas
máquinas -equipadas com os
mais modernos sensores, câmeras e computadores- tenham
evoluído desde o ano passado.
As equipes melhoraram a inteligência artificial das máquinas
com algoritmos aprimorados que
os ajudarão a evitar armadilhas,
como buracos e rochas, espalhadas nos 241 quilômetros do percurso. Entre os inscritos, estão
utilitários esportivos transformados, sedãs envenenados, um veículo off-road modificado, um caminhão militar gigantesco e até
uma motocicleta.
Alguns dos veículos já conseguiram rodar sozinhos centenas
de quilômetros, durante os treinos de verão no deserto Mojave,
entre Barstow, Califórnia, e
Primm, Nevada.
O patrocinador do Grand Challenge é o departamento de pesquisas do Pentágono, Darpa, cuja
principal história de sucesso é a
criação da internet.
O Pentágono deseja que, em
2015, um terço dos veículos terrestres militares seja formado por
veículos autônomos.
O diretor da agência, Anthony
Tether, espera que ao menos um
robô consiga percorrer o trajeto
em menos de dez horas. "Será um
dia longo no deserto", diz Tether.
Tradução de Flávio da Rocha Silveira
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