São Paulo, quarta-feira, 05 de outubro de 2005

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TECNOLOGIA

Competição é promovida por agência do Pentágono, que incentiva o desenvolvimento de veículos autônomos

Robôs se enfrentam em corrida no deserto

ALICIA CHANG
ASSOCIATED PRESS

O Pentágono procura espécime forte que viva em ambientes abertos. Deve ser inteligente e, acima de tudo, saber se movimentar sozinho. Quando 20 desajeitados veículos robóticos se encontrarem no próximo sábado em uma corrida no deserto de Nevada, o carro vencedor (se algum deles completar a prova) será uma mistura das mais recentes e impressionantes novidades tecnológicas.
As Forças Armadas patrocinam a corrida, chamada de Grande Desafio (www.darpa.mil/grandchallenge), com o objetivo de acelerar o desenvolvimento de veículos não-tripulados para uso militar. Mas o projeto não teve um começo muito promissor: a primeira corrida, no ano passado, terminou logo após a partida, quando os robôs começaram a errar o percurso ou simplesmente parar.
Adicione 18 meses e dobre o prêmio para US$ 2 milhões.
Novas equipes juntaram-se às do ano passado, gerando uma grande mistura de mecânicos amadores, acadêmicos e corporações. Todos esperam que suas máquinas -equipadas com os mais modernos sensores, câmeras e computadores- tenham evoluído desde o ano passado.
As equipes melhoraram a inteligência artificial das máquinas com algoritmos aprimorados que os ajudarão a evitar armadilhas, como buracos e rochas, espalhadas nos 241 quilômetros do percurso. Entre os inscritos, estão utilitários esportivos transformados, sedãs envenenados, um veículo off-road modificado, um caminhão militar gigantesco e até uma motocicleta.
Alguns dos veículos já conseguiram rodar sozinhos centenas de quilômetros, durante os treinos de verão no deserto Mojave, entre Barstow, Califórnia, e Primm, Nevada.
O patrocinador do Grand Challenge é o departamento de pesquisas do Pentágono, Darpa, cuja principal história de sucesso é a criação da internet.
O Pentágono deseja que, em 2015, um terço dos veículos terrestres militares seja formado por veículos autônomos.
O diretor da agência, Anthony Tether, espera que ao menos um robô consiga percorrer o trajeto em menos de dez horas. "Será um dia longo no deserto", diz Tether.


Tradução de Flávio da Rocha Silveira

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