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INTERNET
Sites reúnem poemas de autores célebres; internauta pode ouvir declamações on-line e ler comentários de especialistas
Poesia ganha destaque visual na internet
RICARDO LISBÔA
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Não há tempo determinado,
muito menos local certo para a
poesia. O jogo de palavras e de desejos humanos que, por mais pessoais que aparentem, causam
quase sempre uma comoção universal. O Brasil é pródigo em gerar grandes poetas e a internet é
um bom lugar para abrigar obras.
Um ótimo lugar para começar e
perder todos os minutos que forem possíveis é o Jornal de Poesia
(www.secrel.com.br/jpoesia)
que, apesar do visual bem ultrapassado tem um acervo impecável com obras de todos os poetas
brasileiros famosos.
Outro site que tenta a mesma
desenvoltura, mas ainda fica um
pouco atrás, é o Releituras
(www.releituras.com), que reúne
autores como Ana Cristina César
(1952-1983) e Adélia Prado.
Outro endereço interessante para o fã das palavras ao vento é
www.sobresites.com/poesia, um
portal-guia, no mínimo, entusiástico, para deleite. São centenas de
links, separados por seções, nos
quais pode-se achar poesia escrita
no formato de cordel, em planeta.terra.com.br/arte/cordel, e os
que usam a milenar técnica japonesa do haicai, mas em português
(www.sumauma.net/haijins/haijinsp.html).
Para ir diretamente a nomes
consagrados, visite www.viniciusdemoraes.com.br. Além
de ser um primor em design, o endereço oferece a obra praticamente inteira de Vinicius de Moraes (1913-1980) e dá a chance ao fã fazer uma antologia poética com os textos que mais lhe agradarem.
No www.memoriaviva.digi.com.br/drummond é possível
conferir cem poemas e ainda ouvir a voz de Carlos Drummond de
Andrade (1902-1987) ao recitar os
verso de algumas de suas poesias
mais conhecidas.
Ferreira Gullar, 73, é outro que
decidiu dar voz a alguns de seus
poemas no seu site portalliteral.
terra.com.br, que aproveita
exemplarmente das tecnologias
da internet para dar mais força a
poesias como "O Formigueiro".
A internet, mais que qualquer
outro lugar, parece ter sido desenhada perfeitamente para abrigar
a poesia concreta (que tem seu
manifesto reproduzido em www.tanto.com.br/luizedmundo-concret.htm). Bem por isso, sites como o Kamiquase (www.gratis
web.com/kamiquase), dedicado
a Paulo Leminski (1944-1989),
mostram a poesia do curitibano
completamente à vontade com a
nova mídia.
O mesmo se sente quando se vai
ao www.uol.com.br/augustodecampos, de Augusto de Campos,
72, que coloca para quem quiser
ver os famosos clip-poemas, em
animações em flash. Pena que o
irmão dele, Haroldo de Campos
(1929-2003) não mereceu tanto
esmero em seu endereço oficial
(www.haroldodecampos.com.br). O site é burocrático e se satisfaz em disponibilizar somente os
nomes de suas obras, sem se esmiuçar sobre elas. Para ter um
maior contato, é melhor procurar
pelo seu nome em www.ubu.com, onde é possível ver alguns de seus trabalhos mais representativos, que também não estão em
grande quantidade.
Outros autores que têm sites
merecedores de visitas são Cecília
Meireles (1902-1964) (www.geocities.com/fedrasp/ceciliameireles.html), Henriqueta Lisboa (1904-1985) (www.letras.
ufmg.br/henriquetalisboa), que recebeu um endereço bastante caprichado, assim como o de Mario Quintana (1906-1994) (
www.ccmq.rs.gov.br/novo/mario/mario.php). Para receber boletins com poemas e comentários,
vá a www.avepalavra.kit.net e clique em Poesia. Há uma seção especial sobre Drummond.
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