São Paulo, quarta-feira, 05 de dezembro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Usuários pagam por um serviço e recebem outro, afirma associação

Para evitar problemas, consumidores devem prestar atenção a detalhes do contrato, indica Procon

DA REPORTAGEM LOCAL

As reclamações são variadas: o usuário não consegue navegar na internet com a velocidade que o provedor anunciou na propaganda. Ou, então, fica sem conexão em momentos alternados do dia. Quando liga para o suporte técnico, é direcionado para vários atendentes, que não resolvem o problema.
As queixas são recorrentes entre os usuários de banda larga, de acordo com a Abusar (Associação Brasileira dos Usuários de Acesso Rápido). "As empresas vendem um produto e entregam outro ao consumidor", afirma Horacio Belfort, presidente da associação.
"No contrato, vendem uma velocidade, mas eles podem entregar até 10% daquilo. Se você compra cinco quilos de arroz, chega em casa e percebe que só há quatro quilos, você entra em contato com as empresas, que são punidas. Mas isso não acontece em relação à banda larga."
Entre as principais reclamações, segundo a Abusar, estão a necessidade de pagar por um provedor que o usuário não quer, a qualidade ruim ao acessar serviços de Voip (voz sobre protocolo de internet) e a dificuldade em acessar sites P2P (compartilhamento de arquivos) -no azureuswiki.com/ index.php/ Bad_ISPs#Brazil há uma "lista negra" de provedores que limitam downloads.
No entanto, para Eduardo Fumes Parajo, presidente da Abranet (Associação Brasileira dos Provedores de Acesso, Serviços e Informações da Rede Internet), o mercado de banda larga está maduro. "Temos problemas no dia-a-dia, mas não são tão recorrentes", diz.
Para não ser lesado, o consumidor deve saber detalhes do serviço que contrata, segundo o Procon. "Ele tem que saber que tipo de serviço quer. E se há viabilidade técnica para ele contratar esse serviço", afirma Márcia Christina Oliveira, técnica do Procon-SP. "Quando o sistema cai, ele pode pedir um abatimento proporcional. Se ficar 24 horas sem acesso, tem que vir desconto na fatura."
Quando reclamar com o provedor, é importante anotar o número de protocolo da conversa, para ter uma garantia.


Texto Anterior: Alta velocidade é bem mais cara no Brasil
Próximo Texto: Evento: Broadband World Forum discute o futuro da banda larga
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.